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OUTRO LADO
Central diz não apoiar tudo o que o governo faz
DA REPORTAGEM LOCAL
O secretário-geral da CUT,
João Felício, diz que lamenta a
saída do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) da
central e que é preciso entender
que a CUT representa o interesse de todos os trabalhadores
e não pode estar subordinada à
pauta de uma só categoria.
"É necessário esclarecer que
essa decisão é do Andes, sindicato nacional, mas muitas associações regionais de docentes não vão acompanhar essa
desfiliação." Ele afirma que a
central mantém a mesma forma de atuar desde que foi fundada em 1983. "O funcionamento interno continua o mesmo. Os debates ocorrem em
plenárias e as decisões são tomadas por meio do voto. Isso é
democracia. Não há cerceamento a sindicatos."
Em relação à reforma da Previdência, diz que a CUT discordou de vários pontos do projeto e que aceita apenas fundos
de pensão públicos para a aposentadoria dos servidores.
Para ele, o fato de a CUT ter
ajudado e eleger o presidente
Lula não significa que ela concorde com as posições do governo. "Fizemos a marcha do
salário mínimo, não concordamos com as decisões sobre juros e superávit primário. Nem
o PT nem o governo mandam
na CUT."
(CR)
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