São Paulo, quarta-feira, 05 de março de 2008

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Bolsa de SP é afetada pelo cenário externo negativo e recua 1,29%

DA REPORTAGEM LOCAL

Ontem a Bolsa de Valores de São Paulo não conseguiu se descolar do incerto cenário externo. Apesar da melhora no fim do dia, a Bovespa encerrou o pregão com perdas de 1,29%.
Nos pregões em Wall Street, notícias corporativas negativas -como a nova previsão de perdas para o Citigroup- e declarações de Ben Bernanke, presidente do Fed (o banco central dos Estados Unidos), favoreceram o humor menos favorável. No fim do dia, a Bolsa de Nova York conseguiu atenuar suas perdas, mas terminou com baixa de 0,37%.
Na Europa, não foi diferente. A Bolsa de Valores de Frankfurt teve perdas de 2,17%; Paris sofreu baixa de 1,41%; e Londres recuou 0,87%.
Com a queda de ontem, a Bovespa passou a registrar depreciação de 0,36% em 2008, aos 63.655 pontos.
As desvalorizações de ações de grande peso na formação do índice Ibovespa não permitiram que a Bolsa paulista evitasse encerrar o pregão no vermelho. No pior momento de ontem, o Ibovespa -formado pelas 64 ações mais negociadas- teve queda de 2,71%.
Os papéis do grupo Gerdau estiveram entre as maiores baixas do dia. A companhia anunciou na noite de segunda-feira que pretende fazer uma oferta de até R$ 4 bilhões em novas ações. O papel PN (preferencial) da Gerdau caiu 6,92%, e o PN da Gerdau Metalúrgica recuou 4,08%.
Quem também caiu fortemente foram as ações da Petrobras: perdas de 3,97% para as ordinárias e de 2,78% para as preferenciais.
As ações da Vale não escaparam da onda de vendas e tiveram quedas de 2,12% (ON) e 1,87% (PNA).
Operadores de corretoras notaram que os estrangeiros estiveram bem atuantes na ponta de venda na Bolsa ontem. Mas, ao menos em fevereiro, os estrangeiros voltaram a demonstrar apetite pelas ações de companhias brasileiras. No balanço mensal, até o dia 28, foi registrado saldo positivo de R$ 1,46 bilhão nas operações realizadas com capital externo.
(FABRICIO VIEIRA)


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