São Paulo, quinta-feira, 05 de março de 2009

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@grupofolha.com.br

FORÇA CHINESA
A expectativa do mercado de que a China poderá fazer um pacote de reativação da economia mexeu com as commodities agrícolas. Acompanhando o mercado financeiro e o de petróleo, as Bolsas agrícolas dos principais mercados subiram.

TRIGO LIDERA
Em Chicago, a principal elevação ficou com o trigo, que voltou a superar os US$ 5 por bushel, com alta de 4,4% no dia. Já em Nova York, a liderança foi do açúcar, que superou 13 centavos de dólar por libra-peso, com alta de 4,5%.

REFLEXO DO PETRÓLEO
As commodities agrícolas acompanharam a evolução do petróleo, que voltou a superar os US$ 45 por barril em Nova York, com alta de 9% no dia. Em Londres, o barril ficou em US$ 46,12, com evolução de 6%.

TIRO NO PÉ
No auge da disputa entre Brasil e União Europeia pela carne rastreada, no ano passado, Juan Carlos Lebrón, diretor-executivo da Associação Nacional dos Confinadores, advertia que a indústria exportadora de carne bovina poderia estar matando a galinha dos ovos de ouro.

PRÊMIO BAIXO
Como a oferta de boi dentro das normas exigidas pela UE era boa, os frigoríficos reduziram os prêmios pagos por essa carne de melhor qualidade para apenas 3%, contra até 20% antes.

VISÃO CURTA
Lebrón advertia que essa era uma visão curta da indústria e que desincentivaria os pecuaristas. Foi o que ocorreu, diz ele. Mesmo com o mercado lá fora ainda desaquecido, os frigoríficos já pagam R$ 10 por arroba para o gado rastreado (13% a mais), mas a oferta é escassa.

PERDA DE NEGÓCIOS
O desinteresse do pecuaristas, gerado pela baixa remuneração ao gado rastreado, vai fazer o país perder muitos negócios, principalmente com o retorno de Chile e de outros mercados que exigem carne de qualidade, na avaliação de Lebrón.

FORA DA CRISE
A procura por carne ovina se mantém aquecida, apesar da crise. Poliselli Júnior, da ABCDorper, estima que a procura por carne da raça dorper e white dorper tenha subido 40% nos últimos quatro meses.

EXPORTAÇÕES
As vendas externas de álcool ficam em 4,2 bilhões de litros nesta safra. Para a 2009/10, que se inicia, o mercado prevê 1 bilhão a menos. As exportações dependerão do diferencial de preços daqui e nos EUA. Esse diferencial deve ser de pelo menos US$ 0,74 por galão para incentivar as vendas.


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