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São Paulo, sábado, 05 de abril de 2003

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PAINEL S/A

Mais caro
Os preços dos 35 itens da cesta básica estão, em média, 42,5% mais caros neste ano, em comparação a março de 2002, de acordo com a Cesta de Compras, da Fecomercio-SP.

Mordida
A alta dos preços da cesta, na região metropolitana de São Paulo, foi impulsionada pelos alimentos, que, em 12 meses, acumulam aumento de 44,89%, segundo a Fecomercio-SP. Os produtos de higiene pessoal encareceram 17%, e os de limpeza doméstica, 29,49%.

Poder aquisitivo
Das cinco classes sociais pesquisadas, a Cesta de Compras registrou, em março, o maior aumento de preço entre as famílias com rendimento superior a 20 salários mínimos. Em 12 meses, a alta foi de 43,3%.

Veranico financeiro
A melhora das contas externas brasileiras pode não passar de um "veranico financeiro". Marcos Trojilo (FIA/USP) diz que a vinda de capitais para o Brasil é resultado das baixas taxas de juros de outros países, com a invasão dos EUA ao Iraque. Depois do conflito, acaba a festa.

Em queda
As vendas de tecidos no atacado em março diminuíram 2,5% em relação ao mesmo mês de 2002, segundo o sindicato setor no Estado de São Paulo.

De saída
O economista Ian Dubugras se desligou nesta semana da presidência do Bank of America.

Prejuízo logístico
A alíquota diferenciada de ICMS em vendas interestaduais causam perdas para as empresas de R$ 4,5 bilhões a R$ 9 bilhões ao ano, segundo estudo de Hugo Yoshizaki (USP), feito com apoio da Fapesp. A tributação afeta diretamente os custos logísticos das empresas.

Mais otimismo
Mario Mugnaini (Camex) disse que o governo estuda uma revisão nas projeções da balança comercial para o ano. Na Intermodal, evento promovido pela AEB, Mugnaini afirmou que o mais provável é um salto do superávit de US$ 16 bilhões para US$ 18 bilhões.

Pescaria
Quem está circulando no Brasil é o megainvestidor Evelyn Rothschild, um dos maiores empresários do mundo, em busca de negócios.

Dinheiro no bolso
Para conseguir dinheiro de imediato, os clientes da rede Brasilwagen optaram por vender seus carros e usar o plano de compra de um novo com o pagamento de R$ 1,00 de entrada e o restante financiado. Em cinco meses, 20% usaram esse artifício para quitar dívidas.

Sobrevivente
O Comunique-se, portal voltado para o mercado de comunicação, acaba de receber um novo aporte financeiro de R$ 4 milhões. Com 32 mil usuários cadastrados, o portal mantém um crescimento de 10% ao mês no faturamento.

Sem crise
O Tropical Hotel das Cataratas, em Foz do Iguaçu, já registrou, neste ano, dias com 100% de ocupação. A média é de 82%. O resultado fez com que o empreendimento se tornasse um dos maiores arrecadadores de impostos do setor.

E-mail -
guilherme.barros@uol.com.br


ANÁLISE

Efeito câmbio

A queda acelerada da taxa cambial deve apresentar os primeiros sinais de redução da relação da dívida pública líquida com o PIB ainda neste mês, segundo avaliação do economista Raul Velloso. Desde novembro, o patamar está próximo a 56,5%. "Agora, com o dólar em queda, a inflação também não será pressionada e permitirá uma redução da taxa de juros", diz. Com metade da dívida vinculada ao dólar e a outra metade à taxa de juros Selic, a expectativa, segundo Velloso, é que até o fim do ano a dívida pública represente 50% do PIB. "Pela primeira vez, desde as eleições, temos um cenário apenas com sinais positivos, que direciona para uma queda da dívida", diz. "A redução será gradual, mas a tendência é essa."


NO MERCADO

Após as fortes quedas dos últimos meses, o setor de energia foi destaque positivo nesta semana. Desde terça-feira, início do mês de abril, o índice que agrega as ações da elétricas já subiu 12,5% e lidera as altas na Bovespa.


FRASE

Se o governo conseguir aprovar as reformas, vai sobrar dólar


Raul Velloso, economista


NÚMEROS

0,88%
Foi a queda no preço da gasolina nesta semana em São Paulo, segundo pesquisa feita pela Folha.

1,98%
Foi a queda nas ações de despejo por não-pagamento de aluguel em março em SP, segundo a Hubert.


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