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Globalização afeta trabalho, diz Fundo
DE NOVA YORK
O Panorama Econômico
Mundial, do FMI, também
adverte sobre as conseqüências negativas que a globalização pode ter sobre o mercado de trabalho mundial.
De acordo com o Fundo,
nas últimas duas décadas o
contingente de mão-de-obra
quadruplicou, tanto devido
ao crescimento da população
quanto como conseqüência
da maior integração das economias chinesa, indiana e do
Leste Europeu ao comércio
internacional. Até 2050, estima, pode ainda dobrar.
Os países desenvolvidos
têm acesso a esse contingente de três formas: pela importação de produtos finais,
pela terceirização da fabricação de bens em outros lugares e pela imigração -esta
última é mais relevante nos
Estados Unidos.
Se o fenômeno trouxe importantes dividendos para as
nações mais ricas e fez aumentar a renda dos trabalhadores -já que cresceram as
oportunidades de exportação, e a produtividade foi favorecida pelo barateamento
dos insumos e pela maior eficiência dos processos de fabricação-, fez com que caísse a participação dos rendimentos advindos do trabalho
no PIB dos países.
Em média, a queda foi de
sete pontos percentuais desde 1980. Mas a globalização é
apenas um dos motivos para
isso -as rápidas mudanças
tecnológicas tiveram um papel ainda mais significativo.
Para maximizar os benefícios da globalização sobre o
mercado de trabalho, o FMI
recomenda que ele seja aprimorado.
"Políticas que reduzam o
custo da mão-de-obra e facilitem o trânsito dos empregados de áreas da economia
que estão em estagnação para outras em ascensão poderiam ajudar nesse ajuste",
bem como melhorar o acesso
a educação e a programas de
treinamento e reciclagem,
escreveu o Fundo no texto
divulgado ontem.
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