DO ENVIADO A BOGOTÁ

A Colômbia está mais perto de conseguir o "investment grade" (grau de investimento). Segundo Richard Francis, analista da Standard and Poor's (S&P), em Nova York (EUA), o BBB- (que define o grau de investimento) deverá sair até o final de julho deste ano.
"Na prática, os títulos da dívida externa colombiana já têm grau de investimento", afirma Francis. "Em moeda local, eles têm o BBB-, mas, para os investidores estrangeiros, decidimos preservar o BB+ por mais um período."
Na América Latina, só México, Chile e Peru já têm a nota BBB. O "investment grade" é uma chancela dada pelas agências internacionais. Elas calculam os riscos que os investidores assumiriam ao depositar recursos nesses países.
A simples suspeita de que uma nação não conseguirá se manter na trilha do desenvolvimento sustentável já a impede de conseguir o "investment grade". Em casos de instabilidade política e econômica, as agências nem recomendam o país.
No caso da Colômbia, os analistas também levam em conta a demora na liberação dos recursos previstos pelo Plano Colômbia, acordo assinado há oito anos com os EUA para o combate do narcoterrorismo. O Congresso dos EUA mantém a verba congelada devido ao envolvimento de assessores do presidente Álvaro Uribe com os paramilitares.


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