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outro lado
Febraban discorda de metodologia
DA REPORTAGEM LOCAL
A Febraban (Federação
Brasileira dos Bancos) diz
que o estudo da Fecomercio SP analisa o chamado
"spread" bruto, que não
representa o ganho isolado dos bancos e que ainda
será distribuído a outros
setores da sociedade, como governo (sob a forma
de impostos), correntistas
(pelo Fundo Garantidor
de Crédito), comércio e indústria (custos administrativos, entre outros).
A Febraban lembra que
os bancos ficam com
26,93% do "spread", enquanto os impostos somam 18,3%, e os custos administrativos, 13,50%.
Para o economista-chefe da entidade, Rubens
Sardenberg, seria mais fácil se a Fecomercio somasse o lucro líquido que todos os bancos reportaram
para chegar aos ganhos do
setor. Segundo dados do
Banco Central, os bancos
tiveram lucro líquido de
R$ 43,9 bilhões no ano
passado -3,3% menos do
que no ano anterior.
"O "spread" bruto gera
confusão. Dentro dele, há
custos administrativos. Se
comprei uniforme para os
funcionários do banco,
gastei no comércio. Depois tem impostos, que o
governo gastou, por exemplo, com merenda escolar;
foi para o comércio. É mais
fácil somar o lucro dos
bancos", disse.
Para o economista, não
é verdade que os bancos
deixaram de "fazer a sua
parte" -diminuir suas
margens e reduzir os
"spreads". Ele afirma que a
atual retração na demanda
também estimula a concorrência e pressiona a
queda nos "spreads". "Já
estão caindo. Depois daquele pico [no final do ano
passado], tivemos uma redução em janeiro e fevereiro. E a taxa para o consumidor também vem
caindo", disse.
(TONI SCIARRETTA)
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