São Paulo, domingo, 05 de abril de 2009

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outro lado

Febraban discorda de metodologia

DA REPORTAGEM LOCAL

A Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) diz que o estudo da Fecomercio SP analisa o chamado "spread" bruto, que não representa o ganho isolado dos bancos e que ainda será distribuído a outros setores da sociedade, como governo (sob a forma de impostos), correntistas (pelo Fundo Garantidor de Crédito), comércio e indústria (custos administrativos, entre outros).
A Febraban lembra que os bancos ficam com 26,93% do "spread", enquanto os impostos somam 18,3%, e os custos administrativos, 13,50%.
Para o economista-chefe da entidade, Rubens Sardenberg, seria mais fácil se a Fecomercio somasse o lucro líquido que todos os bancos reportaram para chegar aos ganhos do setor. Segundo dados do Banco Central, os bancos tiveram lucro líquido de R$ 43,9 bilhões no ano passado -3,3% menos do que no ano anterior.
"O "spread" bruto gera confusão. Dentro dele, há custos administrativos. Se comprei uniforme para os funcionários do banco, gastei no comércio. Depois tem impostos, que o governo gastou, por exemplo, com merenda escolar; foi para o comércio. É mais fácil somar o lucro dos bancos", disse.
Para o economista, não é verdade que os bancos deixaram de "fazer a sua parte" -diminuir suas margens e reduzir os "spreads". Ele afirma que a atual retração na demanda também estimula a concorrência e pressiona a queda nos "spreads". "Já estão caindo. Depois daquele pico [no final do ano passado], tivemos uma redução em janeiro e fevereiro. E a taxa para o consumidor também vem caindo", disse.
(TONI SCIARRETTA)


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