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PECUÁRIA
Evento, no Centro de Exposições Imigrantes, reúne 2.800 cabeças de gado de 20 raças; setor investe na exportação
Feicorte atrai representantes de 31 países
DA REPORTAGEM LOCAL
A Feicorte 2003, maior feira da
pecuária brasileira em recinto fechado, reúne neste ano 2.800 cabeças de gado de 20 raças distintas
no Centro de Exposições Imigrantes, na cidade de São Paulo. O
evento traz leilões, julgamentos
raciais e exposição de animais.
Cerca de 120 empresas ligadas à
pecuária montaram estandes. Há
desde butiques de roupas e jóias
até fabricantes de brincos para gado, empresas de inseminação artificial, de nutrição animal e de
carnes embaladas e nobres.
Estão representados no evento
31 países. Pela primeira vez, participam Rússia e França. Segundo a
assessoria de imprensa da Feicorte, a feira movimentou no ano
passado US$ 50 milhões. Para este
ano, espera-se um aumento em
torno de 20%.
O número de leilões também
cresceu: passou de nove em 2002
para 15 neste ano. "Os leilões estão muito bem frequentados. Os
preços estão altíssimos", comemora o presidente da feira, José
Américo Ribeiro dos Santos.
Até ontem, os leilões já haviam
movimentado mais de R$ 2 milhões. Isso indica que os resultados deste ano devem ser maiores
que os do ano passado, quando,
durante todo o evento, movimentaram U$ 3,6 milhões.
Segundo o presidente da Feicorte, a grande estrela da feira, porém, são os julgamentos raciais,
que ocorrem durante todo o dia.
Juízes escolhem o melhor animal
segundo critérios como tamanho
da carcaça, musculatura e harmonia.
Além disso, criadores de sete raças bovinas já marcaram as suas
exposições nacionais para a Feicorte: angus, blonde d'aquitaine,
brangus, canchim, charolês, limousin e nelore mocho.
Durante o evento ocorre também o Congresso Internacional
Feicorte, com temas como comércio exterior e rastreabilidade.
As exportações de carne brasileira não estão restritas aos mercados europeus e americanos. Michel Alaby, da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, disse durante
o congresso que o Brasil faturou
com as exportações para os países
árabes, em 2002, US$ 155 milhões.
"Em 2000, o faturamento foi de
US$ 30 milhões, o que demonstra
o vigor das vendas de carne brasileira para os países árabes", afirma Alaby. Ele diz que a carne nacional está sendo bem aceita pelos
consumidores árabes devido ao
fato de o boi ser criado a pasto.
Alaby afirma, porém, que falta
agressividade ao exportador brasileiro. "Faz falta um trabalho eficiente de marketing, já que a demanda dos países árabes está aumentando consideravelmente."
O presidente da Câmara informa que os 22 países árabes que estão representados na Feicorte gastam US$ 3 bilhões por ano com a
compra de carne bovina.
A importância da pecuária foi
ressaltada pelo secretário da Agricultura do Estado de São Paulo,
Antonio Duarte Nogueira Júnior,
que esteve na abertura do evento.
Segundo ele, o Brasil exportou
US$ 1 bilhão em carnes e derivados no ano passado. "O mundo
vai precisar dobrar a produção de
carne nos próximos dez anos. A
sanidades dos animais será cada
vez mais importante", avisou.
Para este ano, o presidente da
Feicorte diz que a expectativa é
que as exportações de carne e derivados cheguem a US$ 1,8 bilhão.
FEICORTE 2003 - Centro de Exposições
Imigrantes, rodovia dos Imigrantes, altura do km 1,5, zona sul de São Paulo. Até 7 de junho. Entrada gratuita.
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