São Paulo, sexta-feira, 05 de junho de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MERCOSUL

Brasil restringe exportações de móveis para a Argentina

THIAGO GUIMARÃES
DE BUENOS AIRES

Em mais uma concessão brasileira na atual rodada de negociações com a Argentina, o setor moveleiro do Brasil aceitou reduzir em 35% suas exportações ao vizinho.
O acordo entre os setores de móveis dos dois países foi fechado ontem em Buenos Aires, dentro da quarta rodada de negociações promovidas pelos governos desde março como forma de reverter o mau momento do comércio bilateral, que registra queda de 36% neste ano.
O Brasil já restringiu suas exportações de baterias automotivas e de papel, enquanto os argentinos aceitaram limitar suas vendas de leite em pó ao Brasil.
O acordo fechado ontem envolve móveis de madeira (escritório, cozinha, dormitório e outros).
O Brasil vendeu US$ 155 milhões em móveis à Argentina em 2008 -até março deste ano, os embarques somavam US$ 16,5 milhões. Depois disso, segundo José Luiz Fernandez, presidente da Abimóvel, a Argentina "fechou" seu mercado por meio de licenças não automáticas, que precisam de aval do governo para serem liberadas e são alvo de queixas de demora.
As negociações continuam hoje com encontros dos setores de autopeças (freios e embreagens), linha branca, calçados, têxteis e leite em pó. Também estavam previstas reuniões dos setores de pneus, celulares e aerossóis, canceladas de última hora pelo governo argentino.
"Os empresários brasileiros estão muito revoltados com isso [o cancelamento], e a nós também nos preocupou, porque organizamos essas reuniões", afirmou o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Ivan Ramalho. De acordo com ele, o governo brasileiro espera ter hoje uma explicação da Argentina sobre as razões do cancelamento.


Texto Anterior: SP e MG têm desempenho melhor, aponta IBGE
Próximo Texto: Fazenda recomendará a Lula fim da redução de IPI
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.