São Paulo, Sábado, 05 de Junho de 1999 |
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PAINEL S/A Ajuste na berlinda Mesmo com todos os sinais positivos que a economia tem dado, cresce o número de economistas preocupados com as contas públicas no ano que vem. Isso porque só um ajuste fiscal consistente permitirá a redução dos juros necessária para o país voltar a crescer, dizem. Dívida explosiva 1 A taxa de juros estufou a dívida pública em R$ 261,2 bilhões entre junho de 94 e fevereiro de 99, segundo análise do "Economic Insights", publicação da área econômica do Unibanco. Dívida explosiva 2 As privatizações renderam R$ 32,2 bilhões e o superávit primário, outros R$ 12,9 bilhões, no período analisado. Mas o ganho, segundo o estudo, foi anulado pelos esqueletos reconhecidos pelo governo de R$ 43,2 bilhões. Dívida explosiva 3 Depois de constatar o tamanho do estrago, o estudo aponta uma luz: a queda dos juros produzirá uma inflexão na trajetória explosiva da dívida. Mas a dívida, que representava 34,5% do PIB em junho de 94, deverá chegar ao final de 99 ao redor dos 49% do PIB. E os méritos? O especialista em finanças públicas, Raul Velloso, afirma que o efeito dos juros sobre a dívida foi devastador, mas ressalta os ganhos obtidos, sendo o principal deles o controle da inflação. Tenda dos milagres Para Velloso, o grande teste da nova política é a trajetória da taxa de juros, que chegaria a 8% em 2001, segundo prevê o BC. "Aí, sim, teremos feito o milagre e mostraremos que a política anterior foi um desastre." Dinheiro no exterior A Linear Investimentos lança na segunda-feira um novo fundo de investimentos no exterior. A novidade é que será gerido pelo banco Goldman Sachs, para aplicações mínimas de US$ 50 mil. Providência simples A CEF só vai liberar o FGTS para quem se aposentar, se o nome estiver na lista que o INSS passará a enviar à instituição. O acordo visa acabar com fraudes. Quem se comunica não se trumbica. Avanço ambiental O setor petroquímico é o campeão das certificações ISO 14001, de qualidade de gestão ambiental, com 15 empresas -ao todo, cem companhias já receberam. É bom, mas o Brasil ainda está atrás de todos os países industrializados, além da Coréia, Taiwan e Malásia, em número de empresas certificadas. Conversa difícil Helio Mattar, secretário de Política Industrial do Ministério do Desenvolvimento, acerta arestas do acordo automotivo entre Brasil e Argentina desde quarta-feira, em Buenos Aires. Por pouco A McCann continuou em 98 sendo a maior agência de publicidade do Brasil, segundo levantamento da publicação especializada "Meio & Mensagem" feito com base em dados das próprias empresas. O que chama a atenção é a diferença mínima de receita entre a segunda e a terceira colocadas: DPZ (US$ 70.365) e DM9DDB (US$ 70.284). Briga do interurbano Os três garotos-propaganda da Embratel voltam à cena para explicar que ligações interurbanas terão novo código. Num dos novos anúncios, eles baixam as calças. E-mail: painelsa@uol.com.br Próximo Texto: França veta negociação com Mercosul Índice |
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