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MERCADO FINANCEIRO
Indefinição do BC tem "efeito reduzido"
da Reportagem Local
A indefinição da política de juros
do Banco Central teve influência
reduzida no mercado ontem. A taxa futura de juros projetada para
julho sofreu ligeira alta, de 0,02
ponto percentual.
No mercado DI (contratos futuros lastreados em depósitos interbancários), a taxa para julho (vencimento em agosto) ficou em
21,91% -contra 21,89% de quarta-feira.
O presidente do BC, Armínio
Fraga, disse, em Londres, que os
juros de mercado poderiam subir,
dependendo do comportamento
da inflação. A taxa básica (Selic)
está em 23,5%.
A alta no DI verificada ontem,
no entanto, não foi atribuída totalmente à fala de Fraga. O comportamento dos juros futuros vem
apresentando variação desde o dia
19 de maio, por causa da preocupação com a possibilidade de alta
da taxa norte-americana.
A hipótese de aumento nos juros
brasileiros não abalou a Bolsa de
Valores de São Paulo, que fechou
em alta de 2,15%.
Como acontecera em toda a semana, a Bovespa seguiu o comportamento da Bolsa de Nova
York, que registrou valorização de
1,28%. Os norte-americanos ficaram otimistas com a divulgação
dos dados do desemprego no país,
que caiu, em maio, apenas 0,1
ponto percentual.
A queda pequena foi considerada um sinal de que a economia
não está aquecida demais e que,
portanto, não é necessário o aumento nos juros.
O otimismo atingiu também os
títulos das dívidas brasileiras. Os
C-Bonds tiveram alta de 0,95% em
relação a anteontem.
Por causa do feriado de Corpus
Christi, muitos investidores se
afastaram dos negócios brasileiros
no pregão de ontem.
A Bolsa teve baixo volume financeiro (R$ 379,884 milhões). Na semana, a Bovespa movimentou
média diária de R$ 481,125 milhões -queda de 30,46% em comparação com a semana passada.
No mercado de câmbio, a redução no fluxo de saída de dólares
conteve a cotação da moeda. O dólar comercial registrou queda de
0,35% em relação a quarta-feira,
cotado a R$ 1,736 para venda.
Nesta semana venceram US$ 700
milhões em dívidas de empresas
brasileiras no exterior. A maior
parte foi paga até quarta-feira, diminuindo a pressão no câmbio
ontem.
(MARCELO DIEGO)
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