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MERCADO FINANCEIRO
"Efeito Argentina" e juros nos EUA causam queda
Ritmo de investimento externo na Bovespa cai no final de maio
MARCELO DIEGO
da Reportagem Local
O "efeito Argentina" e a mudança no viés dos juros nos EUA provocaram uma retração no investimento estrangeiro na Bolsa de Valores de São Paulo no final de
maio.
Nos últimos dez dias do mês, o
saldo líquido (entradas menos saídas) de investimentos externos na
Bovespa ficou em R$ 180,297 milhões. Nos dez primeiros dias de
maio, o saldo havia sido de R$ 656
milhões. De 11 a 20 do mesmo mês,
a diferença ficou positiva em R$
493 milhões.
O saldo dos últimos dez dias do
mês representa uma queda de
63,42% em relação ao valor obtido
nos dez dias anteriores.
A diminuição no ritmo dos investimentos coincide com dois
eventos externos. No dia 18, o Fed
(banco central dos EUA) mudou o
viés dos juros no país, passando-o
de neutro para o de alta e criando
instabilidade entre os investidores.
No dia 19, começou uma onda de
boatos sobre a economia argentina. Os rumores diziam que o peso
iria ser desvalorizado. O mercado
acionário brasileiro foi atingido
pelos rumores, que duraram até o
dia 26.
Embora tenham diminuído o ritmo, os estrangeiros continuaram a
investir na Bolsa brasileira. Nos últimos dez dias de maio, entrou na
Bovespa R$ 1,093 bilhão, oriundo
de investimentos externos, e saíram R$ 913 milhões.
A entrada se dá pela compra de
ações. A saída, pela venda.
Em maio, o saldo líquido total foi
de R$ 1,329 bilhão (R$ 4,386 bilhões de entrada e R$ 3,056 bilhões
de saída), o maior do ano.
Em 1999, a Bolsa acumula saldo
positivo de R$ 3,186 bilhões.
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