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CONJUNTURA
Camdessus pede maior cooperação entre EUA, Japão e Europa para manutenção da estabilidade internacional
FMI critica o desequilíbrio econômico
das agências internacionais
O euro voltou a bater novo recorde de baixa ontem e fechou cotado
a US$ 1,0318, contra US$ 1,0350 do
fechamento anterior.
A moeda única chegou a ser negociada a US$ 1,0275 na abertura
dos mercados na Europa.
Desde seu lançamento, em 1º de
janeiro deste ano, o euro se desvalorizou 11% em relação à moeda
norte-americana.
O iene, a moeda japonesa, também registrou ligeira desvalorização e foi cotada a 121,66 por dólar.
Na quinta-feira, um dólar valia
121,22 ienes.
O diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Michel Camdessus, voltou a criticar
ontem o desequilíbrio das economias da três principais potências
mundiais.
"Assistimos à emergência de um
sistema monetário tripolar, reforçada pelo recente lançamento do
euro, mas os desempenhos econômicos das três zonas permanecem
desequilibrados", disse, em discurso no Conselho de Relações Exteriores, em Nova York.
Camdessus ressaltou que Estados Unidos, Japão e Europa "não
podem ignorar suas responsabilidades para manter a estabilidade
do sistema monetário internacional" e pediu esforços para que as
três regiões cooperem entre si.
"Há uma necessidade crescente
de aprofundar a cooperação entre
as principais potências industriais", disse Camdessus.
O diretor-gerente do Fundo evitou fazer comentários sobre a desvalorização do euro em relação ao
dólar.
Os líderes dos 15 países da União
Européia também evitaram fazer
comentários sobre a nova queda
do euro, ontem.
No encerramento da reunião de
cúpula da União Européia, que
aconteceu em Colônia, na Alemanha, os governantes apenas ressaltaram que a debilidade do euro é
"temporária".
"O euro vai se fortalecer no futuro e a queda da moeda não nos
preocupa", disse o futuro presidente da Comissão Européia, Romano Prodi. A comissão é o braço
executivo da União Européia.
A reunião também não definiu
nenhuma medida concreta para
fortalecer o euro, o que contribuiu
para a queda moeda no mercado.
De concreto, os 15 países da
União Européia anunciaram seu
apoio à "rápida adesão" da China à
OMC (Organização Mundial do
Comércio).
A condição imposta pela União
Européia é que o ingresso da China
se dê "com base no equilíbrio de
interesses".
No relatório divulgado pela cúpula, os dirigentes europeus elogiam os esforços que a China e a
Rússia têm feito para ingressar na
organização.
Os líderes da UE ressaltaram ainda a necessidade de "maior liberalização do comércio mundial".
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