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DÍVIDA
Conjunto de papéis da dívida pública federal com esse vencimento passa de R$ 161,7 bilhões para R$ 214,1 bilhões
Total de títulos de 12 meses cresce 32,4%
JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em pouco mais de um mês de
turbulências no mercado financeiro, o total de títulos da dívida
pública federal com vencimento
em 12 meses aumentou 32,4%.
Passou de R$ 161,7 bilhões para
R$ 214,1 bilhões, o que representa
um acréscimo de R$ 52,4 bilhões.
A mudança é resultado das trocas de papéis mais longos por outros de menor prazo que o governo está sendo obrigado a fazer para acalmar o nervosismo dos investidores. Influenciados principalmente pelo cenário político,
eles querem títulos de prazos cada
vez mais curtos.
Com as operações de troca, vencimentos pesados da dívida passaram a se concentrar no último
trimestre deste ano e nos cinco
primeiros meses do ano que vem.
Em outubro, mês do primeiro
turno das eleições, estão previstos
vencimentos da ordem de R$ 22,4
bilhões. Esse valor é quase três vezes maior do que os resgates esperados antes da crise. Para este ano,
o maior acúmulo de vencimentos
deverá ocorrer em novembro,
quando o governo precisará resgatar R$ 32,7 bilhões.
O Tesouro conta com um "colchão" de R$ 50 bilhões para recomprar esses papéis caso haja dificuldades para a rolagem. O encurtamento da dívida vai na contramão da estratégia que vinha
sendo traçada pelo Tesouro para
alongar a dívida, tornando-a mais
fácil de ser administrada.
No total, em 2003, o governo terá que rolar cerca de R$ 169,1 bilhões em dívidas no mercado, sendo que 57% vencem nos seis primeiros meses do ano.
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