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ENERGIA
Aumento pretendido é de 10%
Eletricitários de estatais fazem greve por reajuste
DA SUCURSAL DO RIO
Funcionários das estatais federais de geração de energia elétrica
Furnas, Eletronuclear, Eletronorte e Chesf iniciaram ontem uma
greve por tempo indeterminado.
A reivindicação principal dos eletricitários é a reposição das perdas decorrentes da inflação.
Os grevistas querem um aumento de 9,68%, o que, segundo
eles, corrigiria a inflação acumulada desde o início de 2001. A Eletrobrás, holding federal que controla todas as empresas paradas,
oferece 6%. A estatal disse que essa é a última proposta e que está
fechada a uma nova negociação.
Os empregados da Eletrobrás,
que se concentra na administração e deixa a operação do sistema
com as subsidiárias, não aderiram ao movimento.
Apesar da greve, tanto as empresas como a Federação Nacional dos Urbanitários (que comando o movimento) asseguram que
o abastecimento de energia não
será prejudicado.
Equipes de plantão estão garantindo a operação de usinas, linhas
de transmissão e subestações de
distribuição. Os serviços de manutenção e os administrativos estão parados.
De acordo com a federação, a
adesão média ao movimento é de
cerca de 80%. Em Furnas, a maior
das subsidiárias da Eletrobrás e
cuja sede fica no Rio, 70% dos
4.000 funcionários estão parados,
segundo a associação dos empregados da empresa.
Na Eletronuclear, que controla
as usinas de Angra 1 e 2, a adesão
estimada pelo comando da greve
é de 80%. Na Chesf (Recife) e na
Eletronorte (Brasília), a paralisação estimada é de 90%.
Também pararam os empregados do Cepel (Centro de Pesquisa
de Energia Elétrica), órgão de planejamento ligado à Eletrobrás.
Segundo a Eletronuclear, as usinas de Angra estão operando normalmente e não há previsão de
que sejam desligadas.
Grevistas realizaram piquetes
pacíficos em frente às sedes das
companhias. Não houve confrontos ou tumultos.
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