São Paulo, sexta-feira, 05 de julho de 2002

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ENERGIA

Aumento pretendido é de 10%

Eletricitários de estatais fazem greve por reajuste

DA SUCURSAL DO RIO

Funcionários das estatais federais de geração de energia elétrica Furnas, Eletronuclear, Eletronorte e Chesf iniciaram ontem uma greve por tempo indeterminado. A reivindicação principal dos eletricitários é a reposição das perdas decorrentes da inflação.
Os grevistas querem um aumento de 9,68%, o que, segundo eles, corrigiria a inflação acumulada desde o início de 2001. A Eletrobrás, holding federal que controla todas as empresas paradas, oferece 6%. A estatal disse que essa é a última proposta e que está fechada a uma nova negociação.
Os empregados da Eletrobrás, que se concentra na administração e deixa a operação do sistema com as subsidiárias, não aderiram ao movimento.
Apesar da greve, tanto as empresas como a Federação Nacional dos Urbanitários (que comando o movimento) asseguram que o abastecimento de energia não será prejudicado.
Equipes de plantão estão garantindo a operação de usinas, linhas de transmissão e subestações de distribuição. Os serviços de manutenção e os administrativos estão parados.
De acordo com a federação, a adesão média ao movimento é de cerca de 80%. Em Furnas, a maior das subsidiárias da Eletrobrás e cuja sede fica no Rio, 70% dos 4.000 funcionários estão parados, segundo a associação dos empregados da empresa.
Na Eletronuclear, que controla as usinas de Angra 1 e 2, a adesão estimada pelo comando da greve é de 80%. Na Chesf (Recife) e na Eletronorte (Brasília), a paralisação estimada é de 90%.
Também pararam os empregados do Cepel (Centro de Pesquisa de Energia Elétrica), órgão de planejamento ligado à Eletrobrás.
Segundo a Eletronuclear, as usinas de Angra estão operando normalmente e não há previsão de que sejam desligadas.
Grevistas realizaram piquetes pacíficos em frente às sedes das companhias. Não houve confrontos ou tumultos.



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