São Paulo, quarta-feira, 05 de julho de 2006

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Nova atuação do BC não evita que o dólar recue

Moeda americana fecha em baixa de 0,46%, a R$ 2,17

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Diferente de segunda-feira, a atuação do Banco Central no mercado de câmbio não ajudou a fazer com que o dólar se valorizasse. A moeda norte-americana terminou os negócios de ontem em baixa de 0,46%, recuando de R$ 2,18 para R$ 2,17.
Pelo segundo dia consecutivo, o BC comprou dólares do mercado. Desde meados de maio, quando começou a onda de volatilidade que jogou o dólar a R$ 2,40, a instituição não fazia leilões desse tipo.
Ontem o BC comprou moeda de cerca de dez bancos, segundo operadores do mercado. Mas o real acabou por se valorizar já que não houve o efeito surpresa de segunda, quando ninguém esperava que o BC retomaria seus leilões.
O dólar em baixos níveis ajuda a diminuir a pressão inflacionária. Mas pode acabar prejudicando o setor exportador.
O feriado do Dia da Independência nos EUA, que fechou o mercado do país ontem, fez com que os volumes financeiros negociados por aqui encolhessem significativamente.
Na Bolsa de Valores de São Paulo, o pregão movimentou pouco mais de R$ 1 bilhão. Em 2006, tem sido negociado por dia, na média, R$ 2,5 bilhões.
Ontem a Bolsa encerrou praticamente estável (+0,03%).
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), o número de contratos de juros (conhecidos como DI) negociados recuou 12% em relação à segunda.
A calmaria do mercado permitiu que as taxas pagas pelos contratos DI caíssem. No DI mais negociado, que vence em janeiro de 2008, a taxa recuou de 14,98% para 14,90%.
Ontem a BM&F anunciou a diminuição dos custos de negociação de contratos de Ibovespa e dólar. Para os papéis de Ibovespa, houve redução de 50% nas taxas de emolumentos, registro e permanência dos títulos. No caso dos contratos de câmbio, houve corte de 10% nos custos dos emolumentos.


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