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País domina açúcar em dez anos, afirma OCDE
Relatório diz que emergentes como Brasil terão mais poder sobre produção
Projeções mostram que Brasil vai ultrapassar EUA como maior exportador mundial de grãos oleaginosos a médio prazo
DA REDAÇÃO
O Brasil, responsável hoje
por 40% da exportação mundial de açúcar, vai dominar o
mercado mundial deste produto nos próximos dez anos, de
acordo com relatório da OCDE
(Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, que reúne países desenvolvidos) e da FAO (Organização para a Agricultura e Alimentação), ligada às Nações
Unidas.
As organizações projetam
que as exportações de açúcar
bruto e refinado do Brasil vão
crescer até 2015, solidificando a
posição dominante do país neste mercado. A maior demanda
por etanol não deve prejudicar
muito o crescimento da produção e exportação de açúcar, segundo a OCDE e a FAO.
O relatório também prevê
que o Brasil vai ultrapassar os
Estados Unidos como o maior
exportador de grãos oleaginosos a médio prazo. O Brasil, a
Argentina e os EUA continuarão sendo responsáveis por
mais de 80% do comércio mundial de oleaginosas até 2015, segundo o relatório.
As exportações de grãos oleaginosos da Argentina crescerão
quase 70% nos próximos dez
anos, e o país se manterá como
o maior exportador de óleo de
oleaginosas, seguido pelo Brasil, dizem a OCDE e a FAO.
O poder nos mercados agrícolas vai gradualmente passar
dos países desenvolvidos para
nações como o Brasil, a China e
outros países em desenvolvimento, diz o relatório. "Não é
mais o clube dos países da OCDE que vai dominar o comércio
global. Cada vez mais eles têm
que competir com exportações
crescentes" de países como
Brasil e Argentina, disse Loek
Boonekamp, diretor de comércio e mercados da divisão de
agricultura da OCDE.
A participação dos países desenvolvidos na produção, no
consumo e no comércio de
commodities como trigo, grãos
e oleaginosas vai cair na próxima década, diz o relatório.
O documento diz ainda que a
alta da renda per capita nos países em desenvolvimento vai aumentar a demanda mundial
por itens como carne, grãos,
frutas e verduras.
Com agências internacionais
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