São Paulo, quarta-feira, 05 de julho de 2006

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País domina açúcar em dez anos, afirma OCDE

Relatório diz que emergentes como Brasil terão mais poder sobre produção

Projeções mostram que Brasil vai ultrapassar EUA como maior exportador mundial de grãos oleaginosos a médio prazo

DA REDAÇÃO

O Brasil, responsável hoje por 40% da exportação mundial de açúcar, vai dominar o mercado mundial deste produto nos próximos dez anos, de acordo com relatório da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, que reúne países desenvolvidos) e da FAO (Organização para a Agricultura e Alimentação), ligada às Nações Unidas.
As organizações projetam que as exportações de açúcar bruto e refinado do Brasil vão crescer até 2015, solidificando a posição dominante do país neste mercado. A maior demanda por etanol não deve prejudicar muito o crescimento da produção e exportação de açúcar, segundo a OCDE e a FAO.
O relatório também prevê que o Brasil vai ultrapassar os Estados Unidos como o maior exportador de grãos oleaginosos a médio prazo. O Brasil, a Argentina e os EUA continuarão sendo responsáveis por mais de 80% do comércio mundial de oleaginosas até 2015, segundo o relatório.
As exportações de grãos oleaginosos da Argentina crescerão quase 70% nos próximos dez anos, e o país se manterá como o maior exportador de óleo de oleaginosas, seguido pelo Brasil, dizem a OCDE e a FAO.
O poder nos mercados agrícolas vai gradualmente passar dos países desenvolvidos para nações como o Brasil, a China e outros países em desenvolvimento, diz o relatório. "Não é mais o clube dos países da OCDE que vai dominar o comércio global. Cada vez mais eles têm que competir com exportações crescentes" de países como Brasil e Argentina, disse Loek Boonekamp, diretor de comércio e mercados da divisão de agricultura da OCDE.
A participação dos países desenvolvidos na produção, no consumo e no comércio de commodities como trigo, grãos e oleaginosas vai cair na próxima década, diz o relatório.
O documento diz ainda que a alta da renda per capita nos países em desenvolvimento vai aumentar a demanda mundial por itens como carne, grãos, frutas e verduras.


Com agências internacionais


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