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Rio inicia a construção de torres gêmeas
Os dois prédios de escritórios, com investimentos estimados em R$ 450 milhões, serão elevados na av. Chile, no centro
Nos 36 andares de cada um dos edifícios, as Ventura Corporate Towers devem atrair grandes empresas e investimentos para a cidade
DA SUCURSAL DO RIO
Quase cinco anos após o
atentado às torres gêmeas do
World Trade Center, em Nova
York (Estados Unidos), no coração financeiro mundial, o Rio
de Janeiro começa a construir
suas torres gêmeas, as Ventura
Corporate Towers, com o objetivo de atrair empresas e investimentos para a cidade, esvaziada economicamente nos últimos anos.
Os dois prédios de escritórios, com investimentos estimados em R$ 450 milhões, serão construídos na avenida
Chile, o corredor bilionário do
Rio de Janeiro.
Na mesma rua já funcionam
as sedes da Petrobras (R$ 136,6
bilhões de receita em 2005) e
do BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e
Social, com R$ 47 bilhões de orçamento e desembolso no ano
passado). A menos de 1 km fica
o edifício-sede da Companhia
Vale do Rio Doce, maior empresa privada do país (receita
de R$ 35,4 bilhões e lucro de R$
10,4 bilhões em 2005).
Aproveitando a localização, o
objetivo da Tishman Speyer e
da Camargo Corrêa, que se uniram para construir o centro
empresarial, é destinar as unidades justamente a empresas
dos setores energético e financeiro, informou o diretor-superintendente de Desenvolvimento Imobiliário da Camargo
Corrêa, Roberto Perroni.
As torres cariocas, apresentadas como "o maior empreendimento comercial de alto padrão" do Rio, serão bem mais
modestas que as originais de
Nova York, e seus 36 andares
são menos da metade dos 110
do projeto americano.
O primeiro prédio das Ventura Towers, entretanto, só deve
ficar pronto em maio de 2008.
Como os edifícios não serão erguidos ao mesmo tempo, o início da construção do segundo
vai depender da demanda causada pelo primeiro, segundo a
Camargo Corrêa.
Objetivo é alugar
Ao contrário da lógica imobiliária residencial, o intuito das
empreendedoras é alugar as
unidades, não vendê-las, ao
menos inicialmente, visando
uma futura valorização. "Prédio alugado majora a venda",
diz Perroni, para quem o aluguel mensal deve sair por cerca
de R$ 80 o metro quadrado.
Outro lançamento de prédio
comercial recente no centro do
Rio, no fim de 2004, a Torre Almirante serviu para a expansão
da Petrobras e seguiu a mesma
lógica: é integralmente alugado
pela empresa pública por R$
2,7 milhões mensais. Tem o
mesmo número de andares: 36.
Perroni disse estar à procura
de clientes para locação e afirmou que já há potenciais interessados. "Nossa idéia é que cada pavimento seja um escritório e que empresas ocupem vários andares."
De acordo com a Tishman
Speyer e a Camargo Corrêa, o
complexo -que terá 1.600 vagas de estacionamento- terá
escritórios nos 1.600 metros
quadrados de lajes e jardins,
uma praça e lojas de conveniências e serviços no andar
térreo.
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