São Paulo, quarta-feira, 05 de julho de 2006

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Rio inicia a construção de torres gêmeas

Os dois prédios de escritórios, com investimentos estimados em R$ 450 milhões, serão elevados na av. Chile, no centro

Nos 36 andares de cada um dos edifícios, as Ventura Corporate Towers devem atrair grandes empresas e investimentos para a cidade

DA SUCURSAL DO RIO

Quase cinco anos após o atentado às torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York (Estados Unidos), no coração financeiro mundial, o Rio de Janeiro começa a construir suas torres gêmeas, as Ventura Corporate Towers, com o objetivo de atrair empresas e investimentos para a cidade, esvaziada economicamente nos últimos anos.
Os dois prédios de escritórios, com investimentos estimados em R$ 450 milhões, serão construídos na avenida Chile, o corredor bilionário do Rio de Janeiro.
Na mesma rua já funcionam as sedes da Petrobras (R$ 136,6 bilhões de receita em 2005) e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, com R$ 47 bilhões de orçamento e desembolso no ano passado). A menos de 1 km fica o edifício-sede da Companhia Vale do Rio Doce, maior empresa privada do país (receita de R$ 35,4 bilhões e lucro de R$ 10,4 bilhões em 2005).
Aproveitando a localização, o objetivo da Tishman Speyer e da Camargo Corrêa, que se uniram para construir o centro empresarial, é destinar as unidades justamente a empresas dos setores energético e financeiro, informou o diretor-superintendente de Desenvolvimento Imobiliário da Camargo Corrêa, Roberto Perroni.
As torres cariocas, apresentadas como "o maior empreendimento comercial de alto padrão" do Rio, serão bem mais modestas que as originais de Nova York, e seus 36 andares são menos da metade dos 110 do projeto americano.
O primeiro prédio das Ventura Towers, entretanto, só deve ficar pronto em maio de 2008. Como os edifícios não serão erguidos ao mesmo tempo, o início da construção do segundo vai depender da demanda causada pelo primeiro, segundo a Camargo Corrêa.

Objetivo é alugar
Ao contrário da lógica imobiliária residencial, o intuito das empreendedoras é alugar as unidades, não vendê-las, ao menos inicialmente, visando uma futura valorização. "Prédio alugado majora a venda", diz Perroni, para quem o aluguel mensal deve sair por cerca de R$ 80 o metro quadrado.
Outro lançamento de prédio comercial recente no centro do Rio, no fim de 2004, a Torre Almirante serviu para a expansão da Petrobras e seguiu a mesma lógica: é integralmente alugado pela empresa pública por R$ 2,7 milhões mensais. Tem o mesmo número de andares: 36.
Perroni disse estar à procura de clientes para locação e afirmou que já há potenciais interessados. "Nossa idéia é que cada pavimento seja um escritório e que empresas ocupem vários andares."
De acordo com a Tishman Speyer e a Camargo Corrêa, o complexo -que terá 1.600 vagas de estacionamento- terá escritórios nos 1.600 metros quadrados de lajes e jardins, uma praça e lojas de conveniências e serviços no andar térreo.


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