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Incentivos para carros passam de R$ 753 mi
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O setor automobilístico, que o
governo deve beneficiar com redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) entre as
medidas para estimular a economia, já é um dos que mais recebe
incentivos fiscais da União. Sem
contar com os novos incentivos, a
Receita Federal abrirá mão de recolher pouco mais de R$ 753 milhões das montadoras neste ano.
O valor supera o custo original
do programa de manutenção e recuperação de rodovias federais do
Ministério dos Transportes. O
Orçamento de 2003 autorizou
gastos de R$ 630 milhões, mas por
ora só uma pequena parte saiu do
papel. Muitas obras deixarão de
ser feitas por conta do corte de
gastos públicos imposto pelo
ajuste fiscal.
A indústria automobilística só
perde de dois outros setores entre
os beneficiários de incentivos fiscais: informática e medicamentos. Segundo o demonstrativo de
benefícios tributários, disponível
no endereço eletrônico do Ministério da Fazenda, o setor automobilístico detém uma fatia de 3,1%
do total de impostos de que a Receita Federal abrirá mão de arrecadar neste ano (R$ 23,9 bilhões).
A indústria em geral levará
26,56% dos benefícios.
As empresas do setor se beneficiam desde o início de 2001 da redução de 40% do Imposto de Importação incidente sobre peças e
componentes. Esse incentivo foi
concedido por tempo indeterminado e representará, neste ano,
uma renúncia de R$ 488,4 milhões para os cofres da União.
Outra parcela grande dos incentivos ao setor decorre de estímulos concedidos em 1999 a empreendimentos industriais nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, de 32% do IPI. (MARTA SALOMON)
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