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Minas, Pernambuco e Goiás disputam posto da Zona Franca
Governo do Amazonas deve definir nesta semana o local que vai sediar base responsável por parte da logística do pólo
Município escolhido terá como principal benefício receitas de ISS sobre a movimentação
de mercadorias
FELIPE BÄCHTOLD
DA AGÊNCIA FOLHA
Governos, prefeituras e empresários de Goiás, Pernambuco e Minas Gerais disputam a
instalação de uma base da Zona
Franca de Manaus fora do
Amazonas.
A definição do local que vai
sediar um entreposto responsável por parte da logística do
pólo deve ser feita nesta semana pelo governo do Amazonas.
A expectativa é que a base tenha um porte equivalente ao do
entreposto de Resende (RJ),
criado em 2002, por onde passam cerca de R$ 1 bilhão em
mercadorias por ano, de acordo
com a Câmara Municipal.
As cidades candidatas são
Anápolis (GO), Uberlândia
(MG) e Petrolina (PE). O município vencedor terá como principal benefício receitas de ISS
(Imposto Sobre Serviços) sobre
a movimentação dos produtos.
Assim como ocorre em Resende, a cidade que abrigar a
base da Zona Franca também
vai receber representações de
multinacionais. No município
fluminense, estão instaladas
unidades de 28 empresas, como Panasonic e Philips. O entreposto no Rio gera cerca de
130 empregos diretos.
Para conseguir convencer
empresas da Zona Franca e o
governo do Amazonas, os Estados apresentaram propostas
que destacam diferenciais como localização e estrutura na
área de transportes.
O governo de Pernambuco,
por exemplo, argumenta que
Petrolina (770 km de Recife)
está em um ponto estratégico
para distribuição de mercadorias do Nordeste e que o rio São
Francisco poderia ser utilizado
para isso.
Em Goiás, empresários pretendem fazer com que uma estrutura em construção em Anápolis (58 km de Goiânia) seja
transformada no entreposto.
Está em fase de instalação no
município, por iniciativa do governo estadual, uma plataforma que deve funcionar como
centro de distribuição rodoviário, ferroviário e aeroviário.
Outra candidata, Uberlândia
(549 km de Belo Horizonte)
aponta como atrativo a localização em uma região com força
econômica e em meio a um entroncamento de rodovias.
Para as empresas instaladas
na Zona Franca, a vantagem de
fazer parte de um entreposto é
o adiamento do pagamento de
tributos. O recolhimento do
ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços)
ao governo do Amazonas só é
feito quando os produtos chegam à base.
Em Resende, a protelação é
por até 180 dias. Há também os
benefícios da proximidade dos
clientes e da diminuição dos
prazos de entrega.
De acordo com o governo do
Amazonas, a escolha será baseada apenas em "critérios técnicos". A administração estadual afirma que está ouvindo
também representantes das
empresas da Zona Franca.
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