São Paulo, domingo, 05 de agosto de 2007

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Minas, Pernambuco e Goiás disputam posto da Zona Franca

Governo do Amazonas deve definir nesta semana o local que vai sediar base responsável por parte da logística do pólo

Município escolhido terá como principal benefício receitas de ISS sobre a movimentação de mercadorias

FELIPE BÄCHTOLD
DA AGÊNCIA FOLHA

Governos, prefeituras e empresários de Goiás, Pernambuco e Minas Gerais disputam a instalação de uma base da Zona Franca de Manaus fora do Amazonas.
A definição do local que vai sediar um entreposto responsável por parte da logística do pólo deve ser feita nesta semana pelo governo do Amazonas.
A expectativa é que a base tenha um porte equivalente ao do entreposto de Resende (RJ), criado em 2002, por onde passam cerca de R$ 1 bilhão em mercadorias por ano, de acordo com a Câmara Municipal.
As cidades candidatas são Anápolis (GO), Uberlândia (MG) e Petrolina (PE). O município vencedor terá como principal benefício receitas de ISS (Imposto Sobre Serviços) sobre a movimentação dos produtos.
Assim como ocorre em Resende, a cidade que abrigar a base da Zona Franca também vai receber representações de multinacionais. No município fluminense, estão instaladas unidades de 28 empresas, como Panasonic e Philips. O entreposto no Rio gera cerca de 130 empregos diretos.
Para conseguir convencer empresas da Zona Franca e o governo do Amazonas, os Estados apresentaram propostas que destacam diferenciais como localização e estrutura na área de transportes.
O governo de Pernambuco, por exemplo, argumenta que Petrolina (770 km de Recife) está em um ponto estratégico para distribuição de mercadorias do Nordeste e que o rio São Francisco poderia ser utilizado para isso.
Em Goiás, empresários pretendem fazer com que uma estrutura em construção em Anápolis (58 km de Goiânia) seja transformada no entreposto. Está em fase de instalação no município, por iniciativa do governo estadual, uma plataforma que deve funcionar como centro de distribuição rodoviário, ferroviário e aeroviário.
Outra candidata, Uberlândia (549 km de Belo Horizonte) aponta como atrativo a localização em uma região com força econômica e em meio a um entroncamento de rodovias.
Para as empresas instaladas na Zona Franca, a vantagem de fazer parte de um entreposto é o adiamento do pagamento de tributos. O recolhimento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) ao governo do Amazonas só é feito quando os produtos chegam à base.
Em Resende, a protelação é por até 180 dias. Há também os benefícios da proximidade dos clientes e da diminuição dos prazos de entrega.
De acordo com o governo do Amazonas, a escolha será baseada apenas em "critérios técnicos". A administração estadual afirma que está ouvindo também representantes das empresas da Zona Franca.


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