São Paulo, terça-feira, 05 de agosto de 2008

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Mantega não gostou, dizem assessores

JULIANA ROCHA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A primeira entrevista da nova secretária da Receita Federal, Lina Vieira, publicada ontem pela Folha, foi mal recebida pelo ministro Guido Mantega (Fazenda). Assessores próximos do ministro disseram que ele ficou contrariado com as declarações sobre aumentar o número de alíquotas do IR.
Para a equipe econômica, não será possível criar mais faixas pelo menos até o final de 2009. Na entrevista, a secretária não citou prazo para ampliar o número de alíquotas. Hoje são duas: 15% e 27,5%, além da faixa de isenção.
A avaliação da área técnica da Fazenda é que, até o próximo ano, todos os esforços têm de estar voltados para o controle da inflação. Para isso, o crescimento econômico e o consumo devem ser mantidos sob rédea curta.
A previsão de Mantega é que o PIB vai crescer 5% neste ano e 4,5% no ano que vem. Um resultado maior do que esse seria um erro porque poderá gerar mais inflação.
Os técnicos da Fazenda comentaram que a criação de mais alíquotas promoveria desoneração tributária para a classe média. Isto significa mais dinheiro nas mãos da parte da população que consome.


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