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Fraudador fez R$ 1 bilhão em falsos créditos
DA REPORTAGEM LOCAL
O argentino César De La
Cruz Mendoza Arrieta,
apontado como um dos
maiores fraudadores do
INSS e da Receita Federal,
fabricou mais de R$ 1 bilhão em falsos créditos-prêmios de IPI nos anos
90, segundo a Receita e a
Polícia Federal.
Condenado, foi solto
por motivo de saúde em
2006. Arrieta comprava
empresas desativadas e,
com documentos fraudados, montava registros de
exportações fictícios.
Com base nisso, pleiteava do governo créditos-prêmios de IPI, que, depois, eram vendidos com
deságio a empresas para
inflar balanços ou compensar dívidas tributárias.
O cliente mais famoso
de Arrieta foi o banqueiro
Edemar Cid Ferreira, dono do Banco Santos, que
quebrou em 2004.
Na tentativa de maquiar
seu balanço e evitar a liquidação do banco, Edemar comprou a massa falida de uma empresa de Arrieta, a Vale Couros Trading, de Santa Maria (RS).
A Vale Couro estava desativada, mas recheada de
créditos-prêmio de IPI.
Em 1995, antes de ser de
Arrieta, a empresa tinha
R$ 4 milhões em créditos-prêmio de IPI. Em 2000, o
valor foi a R$ 545 milhões.
Edemar não teve sorte.
Seu banco quebrou e ele
foi indiciado pelo envolvimento com Arrieta.
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