da Redação

A Bolsa de Nova York viveu ontem seu pior dia desde a crise asiática, em outubro do ano passado. A queda abrupta de Wall Street só não foi mais intensa por ter sido interrompida pelo toque do sino que tradicionalmente encerra o pregão. Ao fechar, o mercado estava em plena queda e nada indicava que a tendência pudesse ser invertida.
O índice Dow Jones, principal termômetro do mercado, desabou 299,43 pontos, o terceiro pior desempenho da história.
Na falta de um motivo determinante para o declínio, analistas listaram fatos que vêm influenciando o mercado nas últimas semanas. Foram citados o escândalo sexual envolvendo o presidente Bill Clinton, as advertências do presidente do Fed, Alan Greenspan, sobre os efeitos da crise asiática na economia dos EUA e o mau desempenho de empresas americanas.
A ausência de uma causa imediata remete a uma possível "correção" dos preços das ações que, segundo analistas, estariam sobrevalorizados. Ou seja, a Bolsa teria caído por falta de fôlego para manter as cotações num patamar elevado.
A queda de Nova York arrastou a Bolsa de São Paulo, que fechou em baixa de 5,31%, a sexta maior do ano. A maioria dos mercados, que já haviam fechado quando Wall Street despencou, devem registrar hoje o impacto.



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice