da Redação

O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, já caiu 9,1% em relação a seu pico histórico, registrado em 17 de julho passado.
Naquele dia o índice alcançou o recorde de 9.337,97 pontos. Ontem, após a queda de 3,41% ao longo do pregão, fechou em 8.487,31 pontos.
O novo recuo da Bolsa nova-iorquina aproxima o Dow Jones do nível em que ele se encontrava no final de julho do ano passado, quando a crise asiática apenas se esboçava, a partir da Tailândia.
O índice fechou julho de 97 em 8.222,61 pontos, apenas 3,1% abaixo dos 8.487,31 pontos de ontem. Em 30 de junho de 97, quando as Bolsas ainda estavam a todo o vapor -a de São Paulo batia recordes-, o Dow Jones marcava 7.672,79 pontos.
Em variação percentual, a maior queda do Dow Jones ocorreu em outubro de 87: 23% em um único dia. O índice perdeu 508 pontos.
Em outubro do ano passado, no auge da crise asiática, a baixa foi de 7,18%, mas em número de pontos caiu mais do que em 1987. O Dow Jones recuou 554,26 pontos no dia 27 de outubro, a chamada "segunda-feira negra".
Na crise de 29, o índice teve queda de 12,82%, mas a comparação fica difícil, pois naquela época a Bolsa não tinha a dimensão atual.
O Dow Jones é um índice ponderado que reflete a variação das 30 ações mais negociadas no pregão da Bolsa de Nova York, a maior do mundo, reunindo papéis de empresas com valor de mercado ao redor de US$ 9 trilhões.
Só para comparação: as empresas com ações negociadas na Bolsa de São Paulo valem cerca de US$ 250 bilhões. O Índice Bovespa fechou ontem em 9.859 pontos. O recorde foi 13.617 pontos, há mais de um ano, em 8 de julho de 97.
(GABRIEL J. DE CARVALHO)



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