São Paulo, quarta, 5 de agosto de 1998

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Anfavea não negociou a nova alta do IPI

da Reportagem Local

A alta do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre os carros "populares" e de luxo a partir de janeiro de 99 foi uma surpresa para os fabricantes.
A medida, incluída no decreto publicado ontem, não fazia parte do acordo firmado entre a Anfavea (a associação das montadoras) e o governo para a redução em cinco pontos percentuais do IPI.
"O acordo assinado vale até dezembro deste ano. Não há nenhum compromisso após essa data", explica José Carlos Pinheiro Neto, presidente da Anfavea.
Pinheiro Neto não quis fazer comentários sobre a repercussão do aumento de alíquota sobre o mercado a partir de 99. "Ficamos sabendo disso ontem (anteontem) à noite. Não houve tempo para avaliar a medida. A Anfavea não tem nada a dizer no momento. O setor está satisfeito com o acordo. Vamos nos preocupar agora em vender os 200 mil carros que temos no estoque."
Os fabricantes consideram elevada a carga tributária sobre os carros produzidos no Brasil e reivindicam diminuição de impostos. Além de um corte na alíquota do IPI de todos os modelos de carros, as montadoras querem que o governo reduza a a diferença do imposto cobrado entre os carros "populares" e os carros médios e de luxo, que chega a ser de 22 pontos percentuais.

Nova tabela
A General Motors é a primeira montadora a divulgar nova tabela de preços após a redução do IPI.
A venda dos carros da fábrica para as concessionárias, que estava interrompida desde o dia 24, foi retomada ontem à noite. Os veículos da GM estão chegando às lojas entre 4,1% e 5% mais baratos.
O maior desconto é o do Corsa Wind duas portas, o modelo "popular", que passa de R$ 12.500 para R$ 11.881, uma redução de 5%. Todos os modelos atingidos pela redução do IPI tiveram os preços reduzidos.
As outras montadoras -Fiat, Ford e Volkswagen- não divulgaram os novos preços ontem.



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