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Anfavea não negociou a nova alta do IPI
da Reportagem Local
A alta do IPI (Imposto sobre
Produtos Industrializados) sobre
os carros "populares" e de luxo a
partir de janeiro de 99 foi uma surpresa para os fabricantes.
A medida, incluída no decreto
publicado ontem, não fazia parte
do acordo firmado entre a Anfavea (a associação das montadoras)
e o governo para a redução em
cinco pontos percentuais do IPI.
"O acordo assinado vale até dezembro deste ano. Não há nenhum compromisso após essa data", explica José Carlos Pinheiro
Neto, presidente da Anfavea.
Pinheiro Neto não quis fazer comentários sobre a repercussão do
aumento de alíquota sobre o mercado a partir de 99. "Ficamos sabendo disso ontem (anteontem) à
noite. Não houve tempo para avaliar a medida. A Anfavea não tem
nada a dizer no momento. O setor
está satisfeito com o acordo. Vamos nos preocupar agora em vender os 200 mil carros que temos no
estoque."
Os fabricantes consideram elevada a carga tributária sobre os
carros produzidos no Brasil e reivindicam diminuição de impostos. Além de um corte na alíquota
do IPI de todos os modelos de carros, as montadoras querem que o
governo reduza a a diferença do
imposto cobrado entre os carros
"populares" e os carros médios e
de luxo, que chega a ser de 22 pontos percentuais.
Nova tabela
A General Motors é a primeira
montadora a divulgar nova tabela
de preços após a redução do IPI.
A venda dos carros da fábrica
para as concessionárias, que estava interrompida desde o dia 24, foi
retomada ontem à noite. Os veículos da GM estão chegando às lojas
entre 4,1% e 5% mais baratos.
O maior desconto é o do Corsa
Wind duas portas, o modelo "popular", que passa de R$ 12.500 para R$ 11.881, uma redução de 5%.
Todos os modelos atingidos pela
redução do IPI tiveram os preços
reduzidos.
As outras montadoras -Fiat,
Ford e Volkswagen- não divulgaram os novos preços ontem.
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