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Congresso analisa
regime automotivo
de Buenos Aires
O Congresso argentino está
analisando uma proposta de regime automotivo independente, no
qual não seria necessário nenhum
tipo de acordo com o Brasil.
O projeto está na Comissão de
Indústria da Câmara de Deputados e poderá ser votado nas próximas duas semanas, segundo o
consultor dos legisladores, Raúl
Ochoa.
Segundo ele, o regime entraria
em vigor no próximo ano, caso os
governos brasileiro e argentino
não consigam estabelecer um
acordo automotivo comum para
o Mercosul.
A proposta dos deputados governistas prevê um índice obrigatório de peças produzidas na Argentina (conteúdo nacional) para
os carros fabricados no país. O regime argentino também estabelece que o nível de produção nacional deverá ser igual ao volume de
vendas do mercado interno.
"O objetivo é manter as importações e exportações equilibradas", disse Ochoa.
Ochoa, no entanto, afirmou
que, caso os dois países fechem
um acordo comum, não será necessário o regime autônomo.
Ontem, representantes das
montadoras e empresas de autopeças do Brasil e da Argentina
anunciaram que conseguiram
acertar os principais pontos de divergência entre eles. "Estamos
próximos de fechar um acordo
definitivo", afirmou Horacio Losoviz, presidente da Adefa (associação das montadoras argentinas).
O principal ponto de conflito foi
dirimido. Os fabricantes de autopeças e as montadoras brasileiras
aceitaram um conteúdo nacional
para os carros produzidos na Argentina. O índice ainda não foi
decido, mas deverá ser negociado
nos próximos dias, afirmou José
Carlos Pinheiro Neto, presidente
da Anfavea (associação das montadoras brasileiras). Esse era um
dos pontos que a diplomacia brasileira não admitia no acordo automotivo do Mercosul.
Em contrapartida, as montadoras argentinas se comprometeram a pedir ao governo que inclua
os carros brasileiros no plano de
incentivos de vendas interno, o
Plan Canje Plus.
(AS)
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