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Autor defende idéia, mas para o futuro
da Sucursal de Brasília
A redução do juro da caderneta
de poupança poderia ser feita de
duas maneiras: permissão para
que cada banco fixe fórmula de
rendimento da sua poupança ou
fixação de taxa menor que a atual.
A opinião é do economista Fábio
Giambiagi, gerente de macroeconomia da área de planejamento do
BNDES, ligado ao Ministério do
Planejamento.
Em qualquer um dos casos, a
mudança teria de ser aprovada pelo Congresso Nacional porque as
regras atuais estão fixadas em lei.
Para Giambiagi, a redução da taxa de juros da caderneta de poupança é uma questão que deve ser
discutida devido à queda da inflação no Brasil -tendência que deve se manter nos próximos anos.
"Não existe em nenhum outro
país do mundo uma aplicação garantida pelo governo que pague
em 30 dias juros de 6% ao ano",
afirmou. Essa medida, porém, só
deveria ser adotada daqui a três ou
quatro anos, disse.
Giambiagi é autor de um texto
defendendo a redução dos juros de
0,5% ao mês pagos aos poupadores. Esse texto já foi lido e discutido
por técnicos do Banco Central e
dos ministérios do Planejamento e
da Fazenda.
Estudo
O ministro Antonio Kandir (Planejamento) confirmou que o governo estuda esse assunto, mas
não deu detalhes. Por enquanto, a
discussão dentro do governo é
apenas teórica. Isto é, não há nenhuma proposta elaborada.
A principal preocupação do governo é com os poupadores e com
o saldo das cadernetas.
"Uma parte dos recursos aplicados hoje em poupança será perdido, mas não é possível estimar
quanto", disse Giambiagi.
Com relação ao SFH e ao crédito
agrícola, ele afirmou que poderia
se procurar outra fonte de financiamento.
Giambiagi disse que o juro de
0,5% ao mês ou 6,17% ao ano foi
criado para evitar que os recursos
aplicados em poupança tivessem
perdas inflacionárias.
Segundo ele, os diversos índices
de correção monetária nunca repuseram por completo a variação
dos preços. "Os juros nada mais
eram do que a reposição parcial
dessa correção", afirmou.
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