DA REPORTAGEM LOCAL

Um grupo de 95 juízes, advogados, procuradores, servidores da Justiça e estudantes de direito iniciou um boicote à Volks, convocando a população a não comprar carros da marca.
A idéia do manifesto partiu do juiz trabalhista e professor de Direito do Trabalho da USP, Jorge Luiz Souto Maior, e do advogado trabalhista Luis Carlos Moro, do escritório Moro & Scalamandré. A empresa não comentou o assunto.
"Não há diferença em o que fez a Volkswagen [demitir por carta 1.800 empregados] e o que fez o Bin Laden. Nos dois casos, trata-se da mesma atitude: terrorismo", diz Luis Carlos Moro.
"Decidimos tomar a iniciativa porque estamos cansados de ver um processo de negociação na Volks começar com demissões. Foi assim em 2001 e 2003", disse.
Há cinco anos, a montadora dispensou por carta 3.000 empregados e, após uma negociação na Alemanha, suspendeu os cortes mediante acordo feito entre sindicalistas do ABC com a matriz alemã e abriu PDV.
Em 2003, os representantes da VW foram chamados ao Ministério Público do Trabalho para explicar declarações do presidente mundial da empresa, Bernd Pischetsrieder, que ameaçou demitir quem fizesse greve no Brasil. (CR)


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