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MERCADO FINANCEIRO
C-Bond, um dos principais papéis do país, não atingia esse patamar desde janeiro; risco-país caiu
Título da dívida externa volta a valer 100%
DA REPORTAGEM LOCAL
O C-Bond, um dos principais títulos da dívida externa brasileira,
atingiu ontem a cotação de 100%
do seu valor de face, o que não
acontecia desde 28 de janeiro. A
alta do papel ontem foi de 1,13%.
Outro importante título da dívida, o Global 40, subiu 1,83%.
A valorização dos títulos da dívida levaram o risco-país a cair
4,09%, marcando 445 pontos. O
indicador está perto de de seu piso no ano (410 pontos, registrado
em 12 de janeiro).
A alta dos títulos foi favorecida
ontem por especulações em torno
da possibilidade de o governo
realizar um "swap" (troca) de papéis da dívida externa, com a finalidade de alongar prazos de vencimento e melhorar condições de
pagamento.
O vencimento semestral de juros do C-Bond, que ocorre no
próximo dia 15, favorece o ambiente para as especulações. O governo poderia aproveitar o momento para colocar outro título
no mercado internacional.
Os investidores também especulam com a possibilidade de o
governo captar ainda este ano
US$ 1,5 bilhão para antecipar suas
necessidades de financiamento
de 2005. Em setembro, o governo
emitiu 1 bilhão em títulos da dívida em duas etapas.
A elevação do "rating" (nota de
crédito) soberano do Brasil pelas
três principais agências internacionais de classificação de risco
melhorou ainda mais as perspectivas para o país.
O fato de o risco-país estar próximo de seu nível mais baixo do
ano também é importante, pois
indica uma menor expectativa de
que o país possa vir a dar calote.
Esse movimento diminui os custos e melhora as chances -tanto
para o setor público quanto para
o privado- de conseguir captar
recursos no exterior.
O dólar voltou a recuar. A queda de 0,42% de ontem levou a
moeda a R$ 2,826, menor valor
desde 14 de janeiro.
A expectativa dos analistas de
que os índices de inflação a serem
divulgados nesta semana tragam
desaceleração dos preços tem ajudado a manter o clima positivo no
mercado financeiro.
A Bolsa de Valores de São Paulo
subiu 1,57% no pregão de ontem.
Em meio à euforia, uma notícia
ruim: o saldo de investimentos estrangeiros na Bolsa ficou negativo
em R$ 451 milhões em setembro,
sendo o quarto mês de saídas.
(FABRICIO VIEIRA)
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