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Inflação e decisão sobre juros estão na agenda
No Brasil, a divulgação do
IPCA ocorrerá nesta quinta
DA REPORTAGEM LOCAL
Importantes eventos, tanto
no país quanto no exterior,
marcam a agenda econômica
dos próximos dias.
A semana começa com a
apresentação do desempenho
do setor de serviços nos EUA
em setembro, medido pelo instituto privado ISM. A expectativa é que o indicador tenha alcançado 50 pontos -pontuação abaixo dos 50 pontos indica
retração. No mês anterior, o resultado foi de 48,4 pontos.
Na quarta-feira serão apresentados nos EUA os números
do crédito ao consumidor. É
um relevante indicador do ritmo em que anda a maior economia do planeta. Se o nível de
crédito decepcionar, é um sinal
de que os bancos ainda relutam
a emprestar e que os norte-americanos estão consumindo
menos que o esperado. E o aumento do consumo é fundamental para a recuperação da
economia local.
Mas o dia que promete ser
mais agitado na semana é a
quinta-feira.
Tanto no Reino Unido quanto na zona do euro haverá reuniões dos bancos centrais para
definir como fica a taxa básica
de juros. A expectativa do mercado é que o BoE (sigla em inglês do BC britânico) mantenha seus juros em 0,5%.
No caso do BCE (Banco Central Europeu), analistas e investidores também são unânimes em sua expectativa de manutenção da taxa de juros, que
está em 1% ao ano.
Mais do que as decisões em
si, para as quais ninguém espera por surpresas, o mercado está interessado nas notas que os
membros dos BCs irão apresentar ao término dos encontros. Nesses comunicados, espera-se encontrar algum sinal
sobre o futuro da política monetária. A grande dúvida do
mercado é quando os juros voltarão a ser elevados nas maiores economias do mundo.
A quinta-feira trará nos EUA
a apresentação do nível dos estoques no atacado. Também é
esperado para esse dia um novo
discurso de Ben Bernanke, presidente do Fed (o banco central
norte-americano).
Inflação
No Brasil, o grande evento da
semana será a divulgação do
IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), pelo IBGE, na
quinta-feira.
O IPCA é o índice oficial de
inflação do governo, utilizado
pelo Banco Central para monitorar sua meta. Para este ano, a
meta para o índice de preços é
de 4,5%. O IPCA acumulou até
agosto elevação de 2,97%. O
mercado projeta que o índice
de preços tenha subido 0,23%
em setembro.
Se o IPCA ficar muito acima
das projeções, irá fortalecer as
expectativas em relação à possibilidade de o BC ter de elevar
os juros básicos do país, em um
futuro não muito distante, para
evitar indesejáveis pressões inflacionárias.
"Em agosto, o IPCA variou
0,15%, número bem abaixo dos
outros meses do ano, consolidando a trajetória de alta mais
amena para o índice. Em 12 meses, a variação reduziu-se novamente e ficou em 4,36%, número abaixo da meta para 2009",
afirmou, em relatório, a Geração Futuro.
Amanhã também haverá divulgação de números de inflação. A FGV informará o resultado do IGP-DI de setembro,
para o qual se espera elevação
de 0,28%.
A sexta-feira prossegue com
a apresentação de mais dados
de inflação no Brasil. A FGV vai
divulgar a primeira prévia para
o IGP-M de outubro. O mercado conta com elevação de
0,26% no indicador. Ainda na
sexta, a Fipe apresenta os dados do IPC na primeira quadrissemana de outubro em São
Paulo. A expectativa é de que
tenha havido alta de 0,15%.
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