São Paulo, terça-feira, 05 de novembro de 2002

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Indicador revela perda de vigor das empresas

DA REPORTAGEM LOCAL

Um dos melhores indicadores a respeito da saúde das empresas revela que a indústria e o varejo dão sinais claros de fraqueza. A perda de vigor da indústria, porém, em alguns setores, é maior.
A análise é feita com base num indicador (chamado Ebitda) dividido pela receita líquida da companhia. A conta revela a capacidade de a empresa gerar caixa (sem contar os impostos e depreciações) em relação à receita.
Na prática, o resultado é uma forma de saber quantas vezes a empresa consegue ganhar (lucrar) em relação ao que ela vende (fatura). "É o indicador mais usado hoje e confiável", diz Einar Rivero, da Economática.
No setor de alimentos, a Perdigão registrou queda nesse número em 2002 em relação ao último ano. Em dezembro de 2001, essa taxa estava em 17,3%. No segundo trimestre deste ano, a taxa (Ebitda/receita líquida) já tinha caído para 9,1% -inferior ao alcançado no início da era Real (10,3%).
No setor eletroeletrônico, dados da Itautec Phlico mostram que, em dezembro de 95, essa taxa estava em 6,8%. Em dezembro de 2000 atingiu o pico (11,5%) e a empresa era muito rentável. Mas no final de 2001 o indicador já estava em 7,8%.
Redes varejistas, que fecham contratos de compra com essas empresas, entretanto, aumentaram o seu rendimento em relação à receita. A Lojas Americanas tinha uma taxa (Ebitda/ receita líquida) de 3,2% em dezembro de 1995. Em meados de 2001 a taxa estava em 4,9%. E, em junho de 2002, em 8%.


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