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CUT quer proteção ao trabalhador durante a crise
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
A CUT vai discutir hoje uma
série de medidas, como a criação de um plano de renegociação de dívidas para pequenas
empresas e trabalhadores, para
entregar ao governo Lula e aos
parlamentares. O objetivo das
propostas é minimizar os efeitos da crise financeira internacional no emprego e na renda
dos trabalhadores.
No total, são 16 medidas preparadas pela subseção do Dieese da CUT Nacional que serão
debatidas entre os 25 diretores
da Executiva. Se não houver
consenso, serão votadas.
"A idéia é que o governo proponha alternativas não só a
grandes empresas e bancos.
Uma delas é criar um plano de
renegociação de dívidas para os
pequenos empresários e trabalhadores endividados, com prazos maiores e juros mais acessíveis", diz Artur Henrique Santos, presidente da CUT.
A redução da taxa de juros de
longo prazo (TJLP) e a criação
de linhas especiais de financiamento, por meio do BNDES,
para setores mais atingidos pela crise é outra medida.
É também consenso que
aqueles que receberem ajuda
do Estado se comprometam a
garantir o nível de emprego.
"Se uma empresa não cumpre a
legislação trabalhista ou não
cumpre a convenção coletiva,
por exemplo, não é justo que
receba socorro estatal. Por isso
é preciso sim ter contrapartidas sociais", afirma Julio Turra,
diretor da central.
Na pauta também está a adoção de taxas múltiplas de câmbio para importação, menor para gêneros de primeira necessidade e maior para supérfluos e
viagens.
Uma das medidas mais polêmicas (e que já arregimenta
oposição interna) é a implementação de câmaras setoriais,
como a que foi criada no início
da década de 90 no setor automobilístico. Para parte dos diretores da CUT a medida poderia ajudar os setores mais atingidos pela crise de crédito.
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