São Paulo, quarta-feira, 05 de novembro de 2008

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CUT quer proteção ao trabalhador durante a crise

CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL

A CUT vai discutir hoje uma série de medidas, como a criação de um plano de renegociação de dívidas para pequenas empresas e trabalhadores, para entregar ao governo Lula e aos parlamentares. O objetivo das propostas é minimizar os efeitos da crise financeira internacional no emprego e na renda dos trabalhadores.
No total, são 16 medidas preparadas pela subseção do Dieese da CUT Nacional que serão debatidas entre os 25 diretores da Executiva. Se não houver consenso, serão votadas.
"A idéia é que o governo proponha alternativas não só a grandes empresas e bancos. Uma delas é criar um plano de renegociação de dívidas para os pequenos empresários e trabalhadores endividados, com prazos maiores e juros mais acessíveis", diz Artur Henrique Santos, presidente da CUT.
A redução da taxa de juros de longo prazo (TJLP) e a criação de linhas especiais de financiamento, por meio do BNDES, para setores mais atingidos pela crise é outra medida.
É também consenso que aqueles que receberem ajuda do Estado se comprometam a garantir o nível de emprego. "Se uma empresa não cumpre a legislação trabalhista ou não cumpre a convenção coletiva, por exemplo, não é justo que receba socorro estatal. Por isso é preciso sim ter contrapartidas sociais", afirma Julio Turra, diretor da central.
Na pauta também está a adoção de taxas múltiplas de câmbio para importação, menor para gêneros de primeira necessidade e maior para supérfluos e viagens.
Uma das medidas mais polêmicas (e que já arregimenta oposição interna) é a implementação de câmaras setoriais, como a que foi criada no início da década de 90 no setor automobilístico. Para parte dos diretores da CUT a medida poderia ajudar os setores mais atingidos pela crise de crédito.


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