São Paulo, quinta, 5 de novembro de 1998

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Crise impede reajuste, diz sindicato

da Agência Folha, em Goiana

O Sindicato dos Cultivadores de Cana de Pernambuco diz que o reajuste salarial de 31% reivindicado pelos trabalhadores rurais não pode ser concedido porque os produtores estão em crise financeira.
A safra deste ano deve ser 25% inferior à de 97, quando foram colhidas cerca de 17 milhões de toneladas do produto no Estado, afirmou o presidente da entidade, Gerson Carneiro Leão.
O motivo da quebra, segundo Leão, foi a seca provocada pelo fenômeno El Niño, que atingiu também a Zona da Mata, principal região produtora de cana-de-açúcar em Pernambuco.
O presidente do sindicato afirma que, em 97, os cultivadores recebiam das usinas R$ 21,80 por tonelada de cana. O preço caiu para R$ 16,70 este ano. Apesar da queda do preço, há usinas que, segundo Leão, "querem pagar somente R$ 14,00".
Para Leão, o conflito de ontem foi lamentável e não condiz com as orientações do sindicato.
Leão criticou, no entanto, as manifestações feitas pelos grevistas, que interditaram uma rodovia e, segundo ele, queimaram plantações de cana. Os trabalhadores negam.
Nas plantações queimadas, disse o presidente do sindicato, o risco de perda é iminente porque a cana precisa ser colhida em, no máximo, três dias.



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