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Crise impede reajuste, diz sindicato
da Agência Folha, em Goiana
O Sindicato dos Cultivadores de
Cana de Pernambuco diz que o
reajuste salarial de 31% reivindicado pelos trabalhadores rurais não
pode ser concedido porque os produtores estão em crise financeira.
A safra deste ano deve ser 25%
inferior à de 97, quando foram colhidas cerca de 17 milhões de toneladas do produto no Estado, afirmou o presidente da entidade,
Gerson Carneiro Leão.
O motivo da quebra, segundo
Leão, foi a seca provocada pelo fenômeno El Niño, que atingiu também a Zona da Mata, principal região produtora de cana-de-açúcar
em Pernambuco.
O presidente do sindicato afirma
que, em 97, os cultivadores recebiam das usinas R$ 21,80 por tonelada de cana. O preço caiu para R$
16,70 este ano. Apesar da queda do
preço, há usinas que, segundo
Leão, "querem pagar somente R$
14,00".
Para Leão, o conflito de ontem
foi lamentável e não condiz com as
orientações do sindicato.
Leão criticou, no entanto, as manifestações feitas pelos grevistas,
que interditaram uma rodovia e,
segundo ele, queimaram plantações de cana. Os trabalhadores negam.
Nas plantações queimadas, disse
o presidente do sindicato, o risco
de perda é iminente porque a cana
precisa ser colhida em, no máximo, três dias.
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