São Paulo, terça-feira, 05 de dezembro de 2000
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A ÁGUIA POUSOU Novos indicadores reforçam tese de que economia norte-americana está em processo de desaquecimento Índices mostram que EUA crescem menos DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS Mais dois indicadores da economia norte-americana voltaram a reforçar, ontem, a tese de que os Estados Unidos passam por um processo de desaquecimento em seu crescimento. O "leading indicator" -que reúne dez índices sobre a economia norte-americana- caiu para 105,5 pontos em outubro -uma queda de 0,2%. Ken Goldstein, economista-chefe do Conference Board, responsável pelo índice, observou que, desde o início do ano, o "leading indicator" esteve em queda por cinco vezes e estável em outros quatro meses. "Certamente esse é um sinal de que a economia passa por um processo de esfriamento." Ontem o governo divulgou que as vendas de casas novas caíram 2,6% em outubro. Apesar da baixa, as vendas continuam no nível mais alto em dois anos. Bolsas O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York teve um dia de valorizações ontem, após decisão da Suprema Corte norte-americana que definiu que a Justiça da Flórida deverá decidir a recontagem dos votos do Estado. A decisão, considerada favorável a George W. Bush, proporcionou um pouco mais de clareza ao mercado sobre o resultado das eleições no país. As ações de empresas tradicionais, da velha economia, como as de cigarros e da indústria farmacêutica, puxaram os ganhos. Os dois setores torcem para uma administração Bush, que, acreditam, será mais favorável. Durante a campanha eleitoral, o democrata Al Gore mostrou sua intenção de ser rígido com as empresas desses setores. O Dow Jones subiu 1,81%. Para a Nasdaq, que concentra as ações de empresas da nova economia, o dia não foi tão favorável. Investidores continuam a acreditar que as empresas de tecnologia serão as mais prejudicadas por uma possível desaceleração do crescimento da economia norte-americana. O índice Nasdaq Composite caiu 1,12%, para 2.615,75 pontos. Fed O presidente do Federal Reserve de Richmond, Alfred Broaddus, afirmou ontem que a economia norte-americana continua com um cenário bastante incerto. Ainda assim, disse estar confiante de que não haverá pressão inflacionária e de que o país não passará por um processo de recessão ou um pouso forçado. Amanhã, o presidente do Fed, Alan Greenspan, deverá fazer um pronunciamento e dar alguma sinalização sobre o futuro dos juros no país. Texto Anterior: Bolsa: Pela 1ª vez em 110 anos, Bolsa de SP terá uma mulher no conselho Próximo Texto: Argentina: Congresso inicia discussão de reformas Índice |
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