São Paulo, quinta-feira, 05 de dezembro de 2002

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EM TRANSE

Remessas pela CC-5 totalizam US$ 158 mi, ante US$ 1,725 bi em outubro; no final do mês saldo ficou positivo

Fuga de dólares cai 90,8% em novembro

NEY HAYASHI DA CRUZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Passadas as eleições, as remessas de dólares para o exterior despencaram em novembro, segundo o Banco Central. No mês passado, as saídas de recursos feitas por meio das contas CC-5 totalizaram US$ 158 milhões, queda de 90,8% sobre o US$ 1,725 bilhão que deixou o país em outubro. Em novembro de 2001, as remessas somaram US$ 453 milhões.
Já é possível até ver alguns sinais, ainda que fracos, de que os dólares enviados para o exterior ao longo de 2002 podem voltar ao país. Entre os dias 26 e 30 de novembro, houve, por meio das CC-5, um ingresso líquido de US$ 231 milhões no país.
CC-5 é o nome genérico dado às remessas de dólares feitas ao exterior sem que haja a necessidade de informar ao BC os motivos da operação. Esse é o instrumento mais usado, nas horas de crise, por pessoas e empresas que queiram enviar dinheiro para fora.
Nos demais mecanismos legais existentes, é preciso explicar ao BC o porquê da remessa -pagamento de importações, remessa de lucros, pagamento de juros, gastos com viagens internacionais, entre outras operações.
Entre janeiro e outubro, US$ 8,574 bilhões deixaram o país por meio das CC-5, o dobro das remessas feitas no mesmo período do ano passado. Atribuiu-se esse resultado ao receio dos investidores sobre os rumos que a economia brasileira poderia tomar após as eleições presidenciais.
O ingresso de dólares ocorrido na semana passada pode ser um primeiro sinal de que aqueles que enviaram dinheiro para o exterior neste ano podem começar a trazer seus recursos de volta ao país.


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