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MERCADO ABERTO
Governo quer ampliar exportação de TI
O governo brasileiro planeja
ampliar o peso da área de TI
(tecnologia da informação)
nas exportações. Atualmente o setor, eleito como uma das
prioridades pelo governo, vende
ao exterior cerca de US$ 300 milhões. A meta do Ministério do
Desenvolvimento, porém, é chegar a US$ 2 bilhões até 2007. Estima-se que o mercado mundial
movimente US$ 600 bilhões.
Para auxiliar os empresários do
setor na exportação, o ministério
encomendou à consultoria especializada A.T. Kearney um estudo para apontar, por exemplo, o
posicionamento que o país deve
adotar. A intenção é entrar na lista dos cinco maiores países na
oferta de serviços de TI.
Uma das conclusões do estudo,
segundo Jairo Klepacz, secretário
de Tecnologia Industrial do ministério, é que os empresários
brasileiros deveriam investir na
oferta de serviços de TI terceirizados. "Uma empresa japonesa
poderia criar um call center dela
em São Paulo", afirma.
Segundo o secretário, a grande
barreira que o país enfrenta é o
tamanho do mercado interno.
"As empresas ainda não perceberam que, por meio das exportações, podem se valorizar e ainda reduzir seus riscos."
Outra dificuldade encontrada
pelo setor, de acordo com o estudo, é o desconhecimento dos
principais mercados consumidores, EUA e Europa, em relação
ao Brasil. Para contornar esse
obstáculo, o ministério planeja
para janeiro estruturar um projeto para divulgar as empresas brasileiras nesses mercados.
Klepacz diz aguardar uma reação dos empresários aos estímulos do governo. O setor foi incluído entre os beneficiados pela
"MP do Bem" com a desoneração tributária e incentivos para a
importação de equipamentos.
"Agora aguardamos uma resposta do mercado."
Entre os potenciais fornecedores de serviços ao mercado externo, ele citou o eixo Rio-São Paulo, além do mercado de Recife.
PÉ NO EXTERIOR
A Alterdata, grupo brasileiro
de software empresarial, irá abrir
no próximo ano sua primeira
unidade no exterior, em Portugal. Três cidades -Lisboa, Porto
e Figueira da Foz - têm sido
avaliadas em pesquisa de mercado para receber a empresa. Também com o propósito de estimular a exportação ao mercado europeu, uma missão acaba de voltar de um dos principais eventos
do segmento na Europa, a Simo,
em Madri. Constatou que o conhecimento da legislação local e
a língua são dois dos principais
fatores que precisam ser aprimorados por empresas do país.
SEXTA CRESCENTE
Cinco anos após o fechamento de dois restaurantes
em São Paulo, a rede americana T.G.I. Friday's retoma a
expansão no Estado. A empresa inaugura neste mês sua
sexta loja no Brasil, em Alphaville. Será investido R$ 1,5
milhão. Em 1999, a rede foi
obrigada a se reestruturar para enfrentar a desvalorização
cambial. Na ocasião, duas lojas de SP tiveram de ser fechadas. "Cometemos erros por
termos sido os pioneiros no
segmento de "casual dinning".
Mas, agora, estamos prontos
para enfrentar a concorrência", diz o angolano Antônio
Neves, diretor da operação no
Brasil. A intenção é voltar a
crescer em seus melhores
mercados, Rio e SP. Neste
ano, ambos registraram uma
expansão acima da média do
restante da operação no Brasil. A rede planeja duas novas
lojas em SP no ano que vem.
SETOR EM TRANSE
Em meio a um processo de aumento da terceirização e da sofisticação dos serviços, o setor de logística no Brasil tem presenciado a expansão da presença de multinacionais. É o caso, por
exemplo, da holandesa TNT Logistics, uma das maiores do
mundo. A empresa, que chegou ao país em 1997 para cuidar da
logística da Fiat, com quem já tinha parceria na Europa, tem ampliado seus ramos de atuação e acaba de ingressar em telecomunicações, após um acordo com a TIM. No período, o faturamento saltou de R$ 30 milhões no primeiro ano para R$ 372 milhões
em 2004. "É um mercado com grande potencial. São poucos ainda os setores que terceirizam os serviços", diz o italiano Giuseppe Chiellino, diretor-geral da TNT no país. Outra tendência que
tem atraído estrangeiros é a procura por atividades mais sofisticadas: estudo do Coppead (UFRJ) de 2004 com as 500 maiores
empresas do país revelou que os serviços que elas mais planejavam terceirizar nos dois anos seguintes eram os de armazenagem (40%) e desenvolvimento de projetos e soluções (31%).
OUTRO DESEMPENHO
O aumento do volume de impostos que incidem sobre produtos
tem tido efeito duplo sobre a economia. Ao mesmo tempo em que
trava a expansão do setor privado, funciona como fermento do PIB,
como ficou demonstrado na divulgação dos números do terceiro
trimestre, diz o economista José Roberto Afonso, ligado ao PSDB.
Os números do IBGE, no entanto, mostram que o crescimento dos
impostos sobre os produtos já tem sido maior que a variação do PIB
há, pelo menos, cinco trimestres. Na taxa anualizada, a economia
cresceu 3,1% ao fim de setembro, enquanto os impostos sobre os
produtos, 5,5%. Sem considerá-los, diz Afonso, o valor adicionado
a preços básicos subiu 2,8% nos últimos quatro trimestres, taxa que
tem mais a ver com o desempenho do setor produtivo.
NOVA ÁREA
Conhecido pelos produtos de
derivados de carne, especialmente a mortadela, o Frigorífico
Ceratti decidiu entrar no mercado de alimentos semiprontos.
Está lançando pizzas, que, inicialmente, estarão só em empórios, mercearias e supermercados de alimentos finos da Grande São Paulo e Campinas -o foco é o segmento premium. O investimento é de R$ 1 milhão.
NOVO FOCO
A 32ª edição da Gift Fair, de 20
a 23 de março de 2006, em São
Paulo, terá o mercado externo
como foco principal. Os organizadores do evento decidiram
contratar um agente internacional para atrair compradores do
exterior, que contarão com uma
logística de atendimento. Outra
novidade é um trabalho de
orientação com os expositores
em relação a aspectos relevantes
para a exportação. O crescimento da próxima feira, que reúne
empresas de artigos para a casa e
presentes, deverá ficar entre 10%
e 15%, com um volume de vendas superior a US$ 1 bilhão.
LANÇAMENTO
O economista Armando Castelar Pinheiro (Ipea) e o advogado
Jairo Saddi (coordenador do Ibmec Direito) lançam hoje, em
São Paulo, o livro "Direito, Economia e Mercados" (editora Elsevier), em que apresentam argumentos que reforçam a crescente relação entre os campos. A
obra tem prefácios de Arnoldo
Wald e Edmar Bacha e apresentação de Claudio Haddad.
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