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Mercado Aberto
Guilherme Barros @ - guilherme.barros@uol.com.br
Só promoção não retém um executivo
Não basta a promoção de um
executivo para um cargo com
nome pomposo para retê-lo na
empresa. O incrível é que esse
"truque" é mais comum do que
se imagina.
Segundo pesquisa feita pela
consultoria Korn/Ferry com
executivos de dez países, inclusive o Brasil, para cerca de 85%
dos executivos entrevistados,
apenas a "promoção" para um
cargo com nome mais pomposo
não é razão suficiente para
mantê-lo no emprego.
De acordo com o trabalho,
quatro em cada dez dos participantes (42%) observaram que
há, nas empresas, um aumento
na prática desse tipo de promoção. Mais de um terço dos pesquisados (36%) declarou que
recebeu uma promoção nos últimos dois anos.
Não falta criatividade às empresas. A pesquisa listou alguns
dos nomes mais pomposos que
surgem a cada nova promoção.
Entre eles, "chefe de torcida",
"dirigente encarregado da motivação", "diretor de decisões",
"diretor das primeiras impressões", "gerente de mudanças de
processo" e "gerente-geral subordinado ao gerente-geral".
Segundo Flávio Kosminsky,
sócio da Korn/Ferry, na verdade, o grande segredo para segurar um bom funcionário é tratá-lo como se fosse perdê-lo.
"Dar treinamento, mantê-lo
atualizado e competitivo. Aumentar suas responsabilidades", diz. "A idéia é sempre dar
atribuições sérias, valorizar a
pessoa."
Kosminsky diz que, apesar
de correta, essa estratégia pode
ser vista como "perigosa" pelas
empresas, já que sempre existe
o temor de investir muito em
um executivo que pode deixar a
companhia sem dar o retorno
esperado. É, na verdade, um
risco a ser assumido. "O funcionário, por outro lado, pode se
perguntar por que deixar uma
empresa que o valoriza e capacita", afirma.
O consultor acredita que as
empresas líderes de mercado já
usam essa estratégia, mas, de
maneira geral, isso ainda não é
tão comum entre as demais.
"Desenvolver pessoas não é tarefa fácil. E a promoção é uma
pirâmide. Cada degrau mais alto é mais estreito", diz.
NA MODA
Tratar grandes empresas como se fossem marcas de moda
é a estratégia desenvolvida pela consultora de imagem Ana
Lúcia Zambon para seus clientes de varejo de alto valor
agregado. A Claro é um exemplo disso. Para a tele, Zambon
desenvolveu o projeto Claro A, que cria um elo de comunicação com o público formador de opinião, por meio de mensagens com dicas sobre eventos e consumo, e oferece aparelhos celulares não disponíveis no mercado nacional. "Preocupei-me com o conteúdo e com o atendimento", afirma a
consultora. No projeto, há ainda as figuras do "persona mobile", um consultor que vai até a casa ou escritório do cliente para ensinar todos os recursos tecnológicos do aparelho, e
do "concierge", que esclarece dúvidas sobre tecnologia, serviços, entre outras.
EM EBULIÇÃO
Deu no "Le Monde" que a
economia da Noruega está
em ebulição. O país não vive
desemprego nem inflação. A
taxa de desemprego caiu, em
novembro, para 2,1%, seu nível mais baixo em 18 anos-
o desemprego está em baixa
constante há 13 meses no
país escandinavo, que não
tem mais que 50.200 desempregados por 4,6 milhões de habitantes. A inflação, no entanto, continua
em queda. Mesmo entre os
imigrantes já há declínio do
desemprego.
NOVO CENTRO
Será lançado, hoje, em
Brasília, o Ceat-Brasil (Centro de Estudos Avançados de
Direito Tributário e Finanças Públicas do Brasil), uma
entidade de pesquisa sem
fins lucrativos, com missão
de empreender estudos sobre temas como política fiscal, burocracia e concorrência. Será presidido por Mary
Elbe Queiroz, uma das formuladoras da Lei Geral da
Micro e Pequena Empresa,
aprovada na Câmara. Mary
Elbe, por sinal, tem várias
críticas ao texto aprovado.
Empresa abre loja
no exterior e
fábrica no Brasil
A Ornare, grife brasileira
de móveis, abre, nesta semana, sua primeira loja no exterior. A empresa, presente
em capitais brasileiras, inicia, em Miami, sua expansão
para fora do país. "Nos próximos cinco anos o projeto é
abrir mais cinco lojas nos
principais pontos de desenvolvimento imobiliário dos
EUA", diz o presidente, Murillo Schattan. Segundo ele,
também há planos de inaugurar uma operação no México. No Brasil, a empresa
acaba de iniciar uma nova
fábrica em Cotia (SP), que
vai oferecer suporte a outro
lançamento da Ornare. Uma
nova marca está em processo para ser registrada e vai
iniciar o grupo -que atualmente produz peças para sala e quarto- na fabricação
de móveis para cozinha.
LANÇAMENTO
Será lançado amanhã, na
sede da Fiesp, o livro "Mineração no Brasil: Augusto Antunes, o homem que realizava" (Léo Christiano Editorial), o primeiro de uma série a ser produzida pelo Ibram (Instituto Brasileiro
de Mineração). O livro trata
da vida e da obra de Augusto
Trajano de Azevedo Antunes, o fundador da Caemi. O
lançamento comemora o
centenário de Azevedo Antunes, que revolucionou a
indústria da mineração no
Brasil.
UMA DOSE
A multinacional francesa Pernod Ricard traz para o mercado
brasileiro três sabores da vodca polonesa Wyborowa: rosa, laranja
e maçã. As versões com sabores estarão disponíveis, a partir de dezembro, em garrafas de 700 ml, em lojas de São Paulo e do Rio. A
expectativa da Pernod Ricard é que as versões aromatizadas de
Wyborowa representem 5% do faturamento total da marca no período de julho de 2006 a junho de 2007.
GUERRA FISCAL
A guerra fiscal explica em
parte o fato de SP ter perdido terreno no PIB. O ICMS
paulista é um entrave para a
segunda fase de expansão da
PQU (Petroquímica União),
um investimento de R$ 3 bilhões. A empresa, controlada pela família Geyer, defende redução de 18% para 12%.
A PQU alega que não é pedir
muito, já que, na Bahia, por
exemplo, o percentual do
ICMS cai, com todos os descontos, para 5%, e, no Rio,
no novo complexo petroquímico do Estado, para zero.
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