|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Biodiesel poderá levar à economia de US$ 145 mi
Ganho ocorreria com menor importação de diesel
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
Diante dos investimentos em
biodiesel, especialmente os feitos pela Petrobras, o Ministério
de Minas e Energia estima que
o combustível representará
6,9% do consumo total de diesel em 2010. Em 2030, esse
percentual será de 12%.
Para tal, a Petrobras pretende, já em 2007, elaborar o diesel
H-Bio em quatro de suas refinarias, com produção estimada
de 256 mil m3 ao ano. Em 2007,
o H-Bio permitirá redução de
15% nas importações de diesel,
o que representa uma economia de divisas de US$ 145 milhões, segundo Alan Kardec
Pinto, gerente da área de Abastecimento da Petrobras. Em
2008, a importação cairá 25%
-ou US$ 240 milhões.
O H-Bio é um tipo de biodiesel patenteado pela Petrobras.
No primeiro ano, o volume de
produção de H-Bio corresponderá a apenas 0,6% do consumo nacional de diesel, mas o
objetivo da Petrobras é adicionar até 5% de óleo vegetal no
derivado de petróleo.
Neste mês, começa a produção em escala comercial do H-Bio na Regap (MG).
Para o ministro de Minas e
Energia, Silas Rondeau, em palestra promovida pela Câmara
de Comércio Americana do
Rio, a geração de energia nuclear também ganhará terreno,
com a adição de 4.000 MW ao
sistema. Está prevista, diz, a
conclusão de Angra 3 e possivelmente de mais quatro usinas no Sudeste e no Nordeste.
A decisão, porém, ainda não foi
tomada, embora as usinas já
constem do planejamento.
Rondeau disse ainda que a
aprovação dos contratos de exploração dos campos de gás bolivianos entre a Petrobras e a
estatal YPFB pelo Congresso
da Bolívia abre espaço para que
"eventualmente se estudem
novos investimentos" brasileiros naquele país.
"É um contrato que dá para
[a Petrobras] prosseguir [na
Bolívia] e dá eventualmente
para estudar novos investimentos, uma vez que [os contratos] estão garantidos pelo
Congresso. Isso foi um avanço
extremamente positivo", disse.
Aprovados pelo Congresso,
os contratos foram sancionados pelo presidente da Bolívia,
Evo Morales, e estabelecem
que 50% da receita gerada pelos campos irá para o Estado
boliviano sob forma de impostos e outras contribuições.
Dos 50% restantes sairão os
recursos para ressarcir os custos que a Petrobras Bolívia terá
para operar as áreas de produção e pagar os investimentos já
feitos pela estatal brasileira. O
que sobrar será dividido entre a
Petrobras e a YPFB.
Para a Petrobras, o modelo
configura um contrato de compartilhamento de produção", e
não de prestação de serviços.
O ministro disse também
que a regra incluída na oitava
rodada de licitação da Agência
Nacional do Petróleo de limitar
o número de vencedores em
um mesmo setor de exploração
pode ser revista. "Se for um entrave, terá de ser considerado."
A regra foi contestada na
Justiça, que concedeu duas liminares inviabilizando o leilão
ainda no seu primeiro dia. Dos
284 blocos a serem licitados,
apenas 38 foram arrematados.
Texto Anterior: Vaivém das commodities Próximo Texto: Agrofolha: Brasil volta a liderar importação de trigo Índice
|