São Paulo, terça, 6 de janeiro de 1998.




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Bandeirantes usou R$ 1,2 bilhão do Proer

da Reportagem Local

O Banco Bandeirantes contou com amplo apoio do governo quando, em 1996, decidiu assumir o Banorte, que estava sob intervenção. Sem essa ajuda, dificilmente o negócio teria saído.
Foi liberado R$ 1,256 bilhão, na ocasião a terceira maior operação com recursos do Proer, o programa criado para financiar a reestruturação do sistema financeiro brasileiro.
O "empurrão" dado pelo governo no caso Bandeirantes-Banorte perdia apenas para o Econômico-Excel (R$ 6,6 bilhões) e o Nacional-Unibanco (R$ 5,9 bilhões).
Essa operação não terá nenhuma interferência no negócio que está sendo fechado porque quem deve para o Proer é o Banorte, e não o Bandeirantes.
Instituição dividida
Ao fazer a venda de um banco utilizando dinheiro do Proer, o Banco Central divide a instituição em duas partes. Foi o que ocorreu também com o Banorte.
Uma delas, considerada a parte boa, foi repassada para o Bandeirantes.
A parte ruim do Banorte ficou sob a administração do BC, que está promovendo sua liquidação. É essa parte ruim que deve pagar o empréstimo do Proer.
Parte desse dinheiro serviu para o Bandeirantes pagar os direitos trabalhistas dos funcionários que eram do Banorte.
Na operação criada para permitir a venda do banco pernambucano, o principal complicador foi a carteira imobiliária que o banco possuía, com os empréstimos para financiamentos da casa própria.


Colaborou a Sucursal de Brasília


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