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VEÍCULOS
Aumento médio da GM fica em 5,3% e em 3% na Fiat; empresas culpam custos
Montadoras iniciam ano com reajuste
JOSÉ ALAN DIAS
DA REPORTAGEM LOCAL
As montadoras começam a colocar em prática aumentos de
preços que haviam sido contidos
em dezembro por conta de um
compromisso com o governo.
Na última sexta-feira, a GM reajustou em média 5,3% os preços
de seus veículos. Os automóveis
da Fiat subiram em média 3% -
o modelo mais vendido da marca,
o Palio Fire, reajustado em 3,1%,
custará, na tabela, R$ 19.060. O
mesmo devem fazer Volkswagen
e Ford nos próximos dias.
A GM argumenta que desde outubro as montadoras não promoviam reajustes e nesse período sofreram pressões de custos decorrentes de dissídio salarial (o aumento concedido aos trabalhadores no ABC paulista, em novembro, foi de 18,05%) e elevação nos
preços de matérias-primas, principalmente o aço. Segundo a Fiat,
o reajuste de 3% considera apenas
o dissídio para os trabalhadores
(de 17,51%), ou seja, não estaria
descartado novo aumento.
Quando obtiveram do governo
a prorrogação da alíquota menor
do IPI (Imposto sobre Produtos
Industrializados), as empresas se
comprometeram a não demitirem durante a validade do acordo
(que vigora até final de fevereiro)
e de não reajustarem os preços até
o dia 31 do mês passado.
Na avaliação dos fabricantes de
automóveis, os reajustes parcelados poderiam chegar a 10%. Um
dos fatores é a disputa que as
montadoras e outros setores como o de eletroeletrônicos, travam
com as siderúrgicas. Essas pretendem elevar o preço do aço entre
10% e 15% em janeiro.
Representantes de setores enviaram ao governo uma proposta
para que seja reduzida a tarifa de
importação do aço. Seria, segundo eles, uma forma de pressionar
as siderúrgicas a não promoverem reajustes ""não justificados".
O setor siderúrgico rebateu.
Benjamin Steinbruch, presidente
da CSN, argumentou que há aumento dos custos de produção
provocado pela crescente demanda de produtos siderúrgicos na
China. Como detém 70% das reservas mundiais de coque (carvão
usado nos fornos siderúrgicos), a
China estaria criando licenças
(cotas) para exportação do carvão
-o que acabaria por encarecê-lo.
Hoje, o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan,
discutirá com representantes das
siderúrgicas uma eventual redução do imposto de importação.
Vendas em alta
De acordo com levantamento
divulgado pela Fenabrave (distribuidores de automóveis), as vendas de automóveis e comerciais
leves em dezembro aumentaram
31,1% em relação ao mês anterior.
Comparado com dezembro do
ano passado, o resultado foi
34,8% superior.
Pelo relatório, foram emplacados 161,7 mil automóveis e comerciais leves no mês passado,
ante os 123,35 mil de novembro.
No acumulado do ano, o número
de veículos vendidos (somados
também caminhões e ônibus)
chegaria a 1,43 milhão, ante 1,446
milhão de unidades em 2002.
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