São Paulo, terça-feira, 06 de janeiro de 2004

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CRÉDITO

Plano usou 10% dos recursos

Incentivo para venda de linha branca acaba

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O programa de financiamento de produtos da linha branca com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), criado em setembro do ano passado para estimular as vendas do setor de eletrodomésticos, não deverá ser prorrogado. Formalmente, no último dia 31 venceu o prazo de validade do programa.
De acordo com o ministro do Trabalho, Jaques Wagner, como até agora não houve pedido do setor para renovação da linha de financiamento, o programa deve acabar. "O programa da linha branca cumpriu seu papel", declarou o ministro, negando que a medida tenha sido um fracasso.
Dos R$ 100 milhões em recursos colocados à disposição para empréstimos no Banco do Brasil, menos de 10% foram emprestados. Outros R$ 100 milhões foram disponibilizados pela Caixa Econômica Federal.
Na avaliação do ministro, o principal efeito do programa foi reduzir as taxas de juros cobradas pelas financeiras e pelas lojas de varejo. "Se não houve demanda do setor até agora para a renovação do programa, é sinal de que o mercado se acomodou", disse.
Wagner disse que os recursos do FAT que não foram usados em empréstimos para compra da linha branca deverão ser destinados para outros programas.
O plano financiava a compra de eletrodomésticos com valores de R$ 100 a R$ 900 pelo prazo máximo de 36 meses, a uma taxa de juro mensal de 2,53%.
"Os fabricantes registraram um aumento nas vendas de 20% após a criação do programa de crédito e reconheceram que houve uma contribuição da linha para o desempenho do setor", afirmou o vice-presidente de Varejo do Banco do Brasil, Edson Monteiro.


Colaborou a Folha Online


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