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CRÉDITO
Plano usou 10% dos recursos
Incentivo para venda de linha branca acaba
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O programa de financiamento
de produtos da linha branca com
recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), criado em
setembro do ano passado para estimular as vendas do setor de eletrodomésticos, não deverá ser
prorrogado. Formalmente, no último dia 31 venceu o prazo de validade do programa.
De acordo com o ministro do
Trabalho, Jaques Wagner, como
até agora não houve pedido do setor para renovação da linha de financiamento, o programa deve
acabar. "O programa da linha
branca cumpriu seu papel", declarou o ministro, negando que a
medida tenha sido um fracasso.
Dos R$ 100 milhões em recursos
colocados à disposição para empréstimos no Banco do Brasil,
menos de 10% foram emprestados. Outros R$ 100 milhões foram
disponibilizados pela Caixa Econômica Federal.
Na avaliação do ministro, o
principal efeito do programa foi
reduzir as taxas de juros cobradas
pelas financeiras e pelas lojas de
varejo. "Se não houve demanda
do setor até agora para a renovação do programa, é sinal de que o
mercado se acomodou", disse.
Wagner disse que os recursos
do FAT que não foram usados em
empréstimos para compra da linha branca deverão ser destinados para outros programas.
O plano financiava a compra de
eletrodomésticos com valores de
R$ 100 a R$ 900 pelo prazo máximo de 36 meses, a uma taxa de juro mensal de 2,53%.
"Os fabricantes registraram um
aumento nas vendas de 20% após
a criação do programa de crédito
e reconheceram que houve uma
contribuição da linha para o desempenho do setor", afirmou o
vice-presidente de Varejo do Banco do Brasil, Edson Monteiro.
Colaborou a Folha Online
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