DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

Um pesquisador desenvolveu um novo design para a velha rapadura, tornando-a menor e mais prática para ser consumida. A idéia do designer Alfredo Pinho, 27, é que a rapadura passe a concorrer no mercado das barrinhas energéticas de cereais.
O novo formato foi tema de uma pesquisa de pós-graduação de Pinho em 2001 no Centro de Deseño Industrial de Montevidéu, no Uruguai.
A produção da rapadura com o novo formato deve começar neste ano, feita por uma cooperativa de dez engenhos em Triunfo (PE).
No lugar do antigo formato retangular, de 500 gramas, o novo design prevê um modelo triangular, de 150 gramas, para ser vendido em caixas com três unidades.
"A rapadura é de difícil consumo, apesar do preço atraente e de ser um energético natural", disse.
A rapadura tradicional nem sequer tem rótulo: é vendida em um plástico transparente, muitas vezes até mesmo sem informações sobre o produtor. No novo formato, são divulgadas as informações nutricionais do produto.
Pelo planejamento mercadológico, os lucros dos produtores serão multiplicados por dez com o novo formato: a rapadura tradicional de 500 g tem um custo de R$ 0,17 e é vendida a R$ 0,20 ao atravessador, para chegar ao mercado com um preço de R$ 0,50 -o produtor lucra R$ 0,03 por rapadura. No novo formato, o custo de três barras de 150 g também será de R$ 0,17, com o acréscimo de R$ 0,10 para a embalagem; o produtor, porém, poderá vender a caixa a R$ 0,60, com um lucro de R$ 0,33. No mercado, o produto pode ser vendido a R$ 1.


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