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Commodities caem até 11% na semana, mas estoques baixos devem segurar preço
CLÁUDIA TREVISAN
DA REPORTAGEM LOCAL
A primeira semana de 2007
foi uma das piores em muitos
meses para as commodities,
com quedas de 11% no preço do
cobre, 9,8% no de petróleo e
tropeços nas cotações de outros produtos, como estanho,
chumbo, alumínio e zinco.
Apesar das baixas, analistas
acreditam que o preço da maioria das commodities continuará alto em 2007, em razão do
baixo nível de estoques e da forte demanda chinesa e indiana.
A grande exceção é o cobre, que
deve ter um ano de oferta folgada, com estoques em alta.
No caso do petróleo, o comportamento futuro dos preços
depende em grande parte dos
integrantes da Opep (Organização dos Países Exportadores de
Petróleo), que podem decidir
reduzir a produção para forçar
uma alta nas cotações.
Pedro Galdi, analista da ABN
Amro Real Corretora, vê a queda desta semana como um movimento de correção natural,
depois da forte valorização das
commodities no ano passado.
"O cenário não mudou. Os
estoques estão baixos para todas as commodities, com exceção do cobre. Mesmo com as
quedas, os preços vão continuar muito acima de sua média
histórica", afirmou Galdi.
Bruno Rocha, da Tendências,
também vê a queda da semana
como um movimento episódico, que não afetará a cotação
média dos metais durante o
ano. A exceção, mais uma vez, é
o cobre. "Os metais são muito
utilizados em ligas de ferro e
aço, produtos fundamentais
para a indústria e a construção", observa Rocha.
Urbanização
Com milhões de pessoas migrando do campo para as cidades e alto ritmo de crescimento
de suas economias, China e Índia continuarão a ser fatores
cruciais na manutenção dos
preços das commodities.
No caso do petróleo, Galdi
também vê uma correção de
preços depois de um período de
forte alta, quando o barril chegou a ser cotado acima de US$
70. O que desencadeou a queda
foi a informação de que o inverno norte-americano deste ano
será menos rigoroso, o que reduzirá a demanda de gás e óleo
para aquecimento.
Outro fator que influenciou o
comportamento da cotação do
petróleo foi a divulgação do nível de estoques de combustíveis nos Estados Unidos, que
subiu acima do esperado. Em
compensação, os estoques de
petróleo cru diminuíram.
O barril de petróleo registrou
fortes baixas a partir de quarta
e chegou a ser cotado a US$
54,90 ontem em Nova York -o
menor valor desde junho de
2005. Mas a cotação se recuperou no fim do dia, e o barril acabou em alta, a US$ 56,31. O
mesmo cenário se repetiu em
Londres, e o produto encerrou
a semana em US$ 55,64.
Com agências internacionais
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