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Emprego tem expansão nos EUA
167 mil novos postos de trabalho são criados em dezembro, o maior crescimento do ano passado
Renda também cresce e reforça a visão do Fed de que a maior economia do
mundo caminha para um "pouso suave"
DA REDAÇÃO
Contrariando os cálculos de
analistas, a criação de novos
postos de trabalho nos EUA
cresceu no último mês de 2006.
Foram criadas 167 mil vagas em
dezembro, o maior aumento de
2006 e bem acima da previsão
de 115 mil postos. Ao longo do
último ano foram abertas 1,8
milhão de novas vagas. Já a taxa
de desemprego permaneceu
em 4,5% em dezembro.
A maior parte do ganho ficou
concentrada no setor de serviços, que foi responsável por 178
mil novas vagas em dezembro.
Já a indústria (especialmente a
automobilística) e a construção
tiveram as maiores perdas.
Os resultados de novembro e
outubro também foram melhores do que o esperado. Após revisão do Departamento de Comércio dos EUA, 154 mil novas
vagas foram criadas em novembro e 86 mil, em outubro. A estimativa inicial apontava surgimento de 132 mil e 79 mil postos, respectivamente.
Sinais positivos para Fed
O anúncio do resultado, que
afetou os resultados das Bolsas
em todo o mundo, é considerado favorável à política do Fed
(Federal Reserve, o BC dos
EUA). Um aumento expressivo
nos novos postos de trabalho
reforça a visão do órgão de que
a economia americana caminha para um "pouso suave"
-uma desaceleração sem grandes traumas para o país.
Outro sinal positivo para a
política do Fed foi o aumento
nos salários, que cresceram
0,5% em dezembro -no ano, a
expansão no rendimento dos
trabalhadores foi de 4,2%.
O aumento nos salários e na
criação de vagas são evidências
de que a economia dos EUA, a
maior do mundo, está suportando bem a queda do setor
imobiliário residencial e da
produção industrial.
A capacidade do mercado de
trabalho de resistir aos fatores
de desaquecimento sugere que
a renda do trabalhador crescerá o suficiente para manter os
consumidores gastando e a
economia em expansão.
"A economia está em muito
boa forma", disse o economista
David Resler. "Não há a possibilidade de mudança na política monetária no curto prazo."
Mas os sinais de uma economia americana mais forte do
que o esperado e de emprego e
renda em alta podem elevar a
inflação no país e levar o Fed a
aumentar a taxa básica de juros
-hoje em 5,25% anuais.
Quando os juros dos EUA sobem, os investimentos em dólar tornam-se mais atraentes.
Assim, os investidores tendem
a tirar dinheiro de emergentes,
como o Brasil, onde o risco é
maior, e investi-lo nos EUA.
Com agências internacionais
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