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Agência de risco sinaliza melhora em nota do Brasil
Fitch muda perspectiva de "rating" para positiva
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A agência de classificação de
risco Fitch Ratings deu ontem
o primeiro passo para elevar a
nota dada ao Brasil, ao mudar a
perspectiva atribuída ao país de
"estável" para "positiva".
Segundo a agência, o país tem
tido uma rápida melhora em
suas contas externas. "E isso
eleva a chance de um "upgrade"
[elevação de nota] nos próximos dois anos", comentou a
Fitch Ratings.
O Brasil tem "rating" (nota
de risco) "BB" e ainda necessita
de duas elevações para conseguir atingir o nível de "investment grade" (grau de investimento), concedido a países que
representam baixíssimos riscos de darem calote.
Em consonância com a decisão da Fitch, o risco-país brasileiro, medido pelo banco JP
Morgan, chegou ao fim das operações de ontem em seu mais
baixo patamar histórico, ao registrar 179 pontos (recuo de
1,65% em relação a sexta-feira).
O risco-país recua de acordo
com a elevação da procura dos
papéis da dívida no exterior.
Para um país, passar a ser
considerado "investment grade" significa se tornar mais
atraente aos olhos dos grandes
investidores internacionais. Na
ponta, isso acaba por resultar
em barateamento dos custos
dos empréstimos feitos no
mercado internacional.
Siderurgia em alta
A Bolsa de Valores de São
Paulo terminou o pregão em alta de 0,64%, aos 45.286 pontos,
seu mais elevado patamar desde 2 de janeiro.
O setor de siderurgia foi destaque no pregão, com os investidores animados com análises
positivas para o segmento.
A Usiminas, que foi elevada
para "investment grade" ontem
pela Fitch Ratings -passou a
ter nota "BBB-"-, liderou entre as ações mais líquidas da
Bolsa. Seu papel PNA registrou
valorização de 5,26%.
Em seguida apareceram as
ações ON da Arcelor BR
(4,37%) e ON da Companhia Siderúrgica Nacional (3,01%).
O giro da Bolsa ontem, de R$
2,68 bilhões, não foi dos mais
expressivos -a média diária de
janeiro foi de R$ 3,1 bilhões.
Estrangeiros na Bolsa
As operações dos estrangeiros na Bovespa começaram fevereiro em terreno positivo. No
primeiro dia deste mês, as compras feitas com capital externo
superaram as vendas em R$
73,43 milhões.
Esse movimento terá de se
repetir com intensidade nos
próximos pregões para que seja
revertido o balanço dos estrangeiros de janeiro, que ficou negativo em R$ 1,26 bilhão.
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