São Paulo, terça-feira, 06 de fevereiro de 2007

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Agência de risco sinaliza melhora em nota do Brasil

Fitch muda perspectiva de "rating" para positiva

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A agência de classificação de risco Fitch Ratings deu ontem o primeiro passo para elevar a nota dada ao Brasil, ao mudar a perspectiva atribuída ao país de "estável" para "positiva".
Segundo a agência, o país tem tido uma rápida melhora em suas contas externas. "E isso eleva a chance de um "upgrade" [elevação de nota] nos próximos dois anos", comentou a Fitch Ratings.
O Brasil tem "rating" (nota de risco) "BB" e ainda necessita de duas elevações para conseguir atingir o nível de "investment grade" (grau de investimento), concedido a países que representam baixíssimos riscos de darem calote.
Em consonância com a decisão da Fitch, o risco-país brasileiro, medido pelo banco JP Morgan, chegou ao fim das operações de ontem em seu mais baixo patamar histórico, ao registrar 179 pontos (recuo de 1,65% em relação a sexta-feira).
O risco-país recua de acordo com a elevação da procura dos papéis da dívida no exterior.
Para um país, passar a ser considerado "investment grade" significa se tornar mais atraente aos olhos dos grandes investidores internacionais. Na ponta, isso acaba por resultar em barateamento dos custos dos empréstimos feitos no mercado internacional.

Siderurgia em alta
A Bolsa de Valores de São Paulo terminou o pregão em alta de 0,64%, aos 45.286 pontos, seu mais elevado patamar desde 2 de janeiro.
O setor de siderurgia foi destaque no pregão, com os investidores animados com análises positivas para o segmento.
A Usiminas, que foi elevada para "investment grade" ontem pela Fitch Ratings -passou a ter nota "BBB-"-, liderou entre as ações mais líquidas da Bolsa. Seu papel PNA registrou valorização de 5,26%.
Em seguida apareceram as ações ON da Arcelor BR (4,37%) e ON da Companhia Siderúrgica Nacional (3,01%).
O giro da Bolsa ontem, de R$ 2,68 bilhões, não foi dos mais expressivos -a média diária de janeiro foi de R$ 3,1 bilhões.

Estrangeiros na Bolsa
As operações dos estrangeiros na Bovespa começaram fevereiro em terreno positivo. No primeiro dia deste mês, as compras feitas com capital externo superaram as vendas em R$ 73,43 milhões.
Esse movimento terá de se repetir com intensidade nos próximos pregões para que seja revertido o balanço dos estrangeiros de janeiro, que ficou negativo em R$ 1,26 bilhão.


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