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JUSTIÇA
Presidente da Hyundai é condenado a 3 anos de prisão
DA REDAÇÃO
O presidente da Hyundai
Motor, Chung Mong Koo, 68,
foi condenado a três anos de
prisão pela Justiça sul-coreana, mas ainda pode recorrer. Ele é acusado de retirar
mais de US$ 100 milhões da
montadora e de empresas ligadas ao grupo para uso pessoal e para pagar propinas a
políticos.
Chung também foi considerado culpado das acusações de depositário infiel.
Até que o recurso seja julgado, ele poderá permanecer
em liberdade. A Hyundai já
disse que ele continuará a dirigir a sexta maior montadora do mundo.
O empresário, que é o homem mais rico do país com
uma fortuna avaliada em
US$ 2,2 bilhões, afirmou durante o julgamento ter conhecimento de que havia
desvio de recursos. Ele disse,
porém, desconhecer o propósito desses desvios.
Os procuradores queriam
que Chung fosse condenado
a seis anos de detenção, mas
o juiz Kim Dong-oh disse que
ele receberia uma pena mais
branda por causa de suas
"grandes contribuições ao
desenvolvimento da economia do país". Ainda assim, o
juiz afirmou que as ações do
empresário eram "atos claramente criminosos".
O escândalo de corrupção
contra a Hyundai é mais um
na lista dos grandes conglomerados sul-coreanos dirigidos por famílias, conhecidos
como "chaebol". E mais uma
vez parece ser ainda reflexo
das relações muito próximas
que essas empresas tinham
com os governos militares
que comandaram o país de
1961 a 1993.
Um outro sinal de como as
relações continuam parecidas é que, na pesquisa "Barômetro da Corrupção Global
2006", feita em 62 países pela ONG Transparência Internacional, a Coréia do Sul é
um dos cinco países em que
mais de 70% da população
acredita que corrupção afeta
muito a vida política do país.
Com agências internacionais
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