São Paulo, terça-feira, 06 de fevereiro de 2007

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JUSTIÇA

Presidente da Hyundai é condenado a 3 anos de prisão

DA REDAÇÃO

O presidente da Hyundai Motor, Chung Mong Koo, 68, foi condenado a três anos de prisão pela Justiça sul-coreana, mas ainda pode recorrer. Ele é acusado de retirar mais de US$ 100 milhões da montadora e de empresas ligadas ao grupo para uso pessoal e para pagar propinas a políticos.
Chung também foi considerado culpado das acusações de depositário infiel. Até que o recurso seja julgado, ele poderá permanecer em liberdade. A Hyundai já disse que ele continuará a dirigir a sexta maior montadora do mundo.
O empresário, que é o homem mais rico do país com uma fortuna avaliada em US$ 2,2 bilhões, afirmou durante o julgamento ter conhecimento de que havia desvio de recursos. Ele disse, porém, desconhecer o propósito desses desvios.
Os procuradores queriam que Chung fosse condenado a seis anos de detenção, mas o juiz Kim Dong-oh disse que ele receberia uma pena mais branda por causa de suas "grandes contribuições ao desenvolvimento da economia do país". Ainda assim, o juiz afirmou que as ações do empresário eram "atos claramente criminosos".
O escândalo de corrupção contra a Hyundai é mais um na lista dos grandes conglomerados sul-coreanos dirigidos por famílias, conhecidos como "chaebol". E mais uma vez parece ser ainda reflexo das relações muito próximas que essas empresas tinham com os governos militares que comandaram o país de 1961 a 1993.
Um outro sinal de como as relações continuam parecidas é que, na pesquisa "Barômetro da Corrupção Global 2006", feita em 62 países pela ONG Transparência Internacional, a Coréia do Sul é um dos cinco países em que mais de 70% da população acredita que corrupção afeta muito a vida política do país.


Com agências internacionais

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