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MERCADO TENSO
Taxas futuras para março fecham em 56, 07% ao ano contra 52,62% da véspera; dólar sobe para R$ 1,84
Expectativa inflacionária pressiona juros
VANESSA ADACHI
da Reportagem Local
O mercado já
está embutindo
a expectativa de
inflação elevada
nas projeções de
juros para os
próximos meses, fazendo
com que as taxas subam.
Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), onde são projetadas
as cotações futuras, o juro para
março fechou ontem a 56,07%,
com alta em relação aos 52,62% da
véspera.
A taxa chegou a ultrapassar 60%
na semana anterior, nos dias de
maior tensão no câmbio. A taxa recuou para a casa dos 40% na segunda-feira por conta da indicação de Armínio Fraga para a presidência do BC.
No dia seguinte, entretanto, a taxa começou a escalada novamente,
na medida em que foi ficando clara
a idéia de que o governo deverá
manter a política de juros altos.
Diante da perspectiva de volta da
inflação, o governo só conta com a
política monetária -leia-se juros- para conter a pressão de aumento de preços.
A entrevista conjunta dada na
quinta-feira pelo ministro da Fazenda, Pedro Malan, e pelo diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Stanley Fischer, confirmou a percepção de
que o controle à inflação será prioritário, mesmo às custas de juros
elevados, segundo especialistas.
O dólar fechou a semana de forma mais tranquila em comparação
com a semana anterior, mas manteve uma alta constante. Ontem a
moeda fechou a R$ 1,84, com valorização de 1,66% sobre a véspera.
Pela média do BC, o dólar ficou
em R$ 1,83, com valorização de
1,1% sobre a média anterior.
Segundo operadores, embora o
volume negociado esteja pequeno
no mercado de câmbio, a pressão
de saída para pagamento de dívidas no exterior continua, já que fevereiro concentra vencimentos.
O fechamento de câmbio de exportações tem reagido, o que impede uma alta maior do dólar.
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