|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Balança tem déficit de US$ 754 milhões
da Sucursal de Brasília
A balança comercial registrou
déficit de US$ 754 milhões em janeiro, mês em que houve queda
acentuada do fluxo de comércio do
Brasil com o exterior provocada
pelas mudanças na política cambial.
As exportações somaram US$
2,946 bilhões, a menor cifra mensal
verificada desde fevereiro de 1995.
As importações chegaram a US$
3,700 bilhões. Nos últimos três
anos, somente o registro dos desembarques de fevereiro de 1996
foi inferior ao do mês passado.
O saldo acumulado nos últimos
12 meses terminados em janeiro, o
indicador que aponta o desempenho da balança no ano, é negativo
em US$ 6,522 bilhões. No ano passado, o déficit anual foi de US$
6,430 bilhões.
Os dados oficiais foram divulgados ontem pelos ministérios do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio e da Fazenda. No início do
mês, as projeções de mercado
apontavam déficit comercial de
cerca de US$ 400 milhões.
Segundo Marcelo Allan, diretor
de análises econômicas do BMC, as
desvalorizações do real ocorridas
em janeiro e a expectativa de que a
cotação do dólar ficasse ainda mais
elevada levaram os exportadores a
segurar seus embarques.
Em sua avaliação, a desvalorização da moeda brasileira deverá
"paralisar" as importações somente a partir de março.
Com base nos dados oficiais, o
total de exportações de janeiro foi
24,7% menor que o verificado no
mesmo mês de 1998. Também
apresentou queda de 26% em relação a dezembro passado. Janeiro
também é, tradicionalmente, um
período de embarques reduzidos.
Apesar de menos afetadas pelas
mudanças no câmbio, as importações continuaram na mesma trajetória de queda verificada no segundo semestre do ano passado.
O total de desembarques foi 19%
menor que o de janeiro do ano passado e 19,5% inferior ao de dezembro.
O fato de as importações terem
superado em US$ 754 milhões as
exportações se deve ao fato de que
os desembarques efetuados em janeiro corresponderam a encomendas feitas em outubro do ano passado, em sua maioria.
Texto Anterior: Expectativa inflacionária pressiona juros Próximo Texto: Opinião econômica - Rubens Ricupero: Uma luz na escuridão Índice
|