|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Valor, que cresceu 8,6%, equivale a quatro vezes o PIB do Brasil
Consumidor americano deve US$ 2 tri
DA REDAÇÃO
Os consumidores norte-americanos devem mais de US$ 2 trilhões, segundo números divulgados ontem. O volume equivale a
aproximadamente quatro vezes o
PIB (Produto Interno Bruto) do
Brasil. O endividamento cresceu
8,6% em janeiro na comparação
com o mês anterior, o avanço
mais acelerado em oito meses.
Incluindo-se o financiamento
imobiliário, o endividamento das
famílias americanas cresce ainda
mais e passa dos e US$ 9 trilhões.
Depois de um acentuado crescimento em 2003, o débito das famílias não parece dar sinais de arrefecimento. O consumo segue
em alta mesmo com o cenário de
mercado de trabalho desaquecido, o que deverá manter o endividamento elevado.
Ontem o Departamento de Trabalho dos EUA divulgou números
piores que o esperado sobre o desemprego. O número de pessoas sem
trabalho segue alto, e os americanos enfrentam problemas para
pagar suas contas.
Segundo pesquisa divulgada
ontem, os americanos estão tendo
dificuldades para saldar as faturas
de seus cartões de crédito. Por outro lado, não pensam em cortar
gastos e conter o consumo.
De um total de mil pessoas entrevistadas pelo instituto de pesquisas Cambridge Consumer
Credit, 39% afirmaram que pagam, mensalmente, o valor total
da fatura do cartão de crédito. Há
um ano, a mesma pesquisa havia
indicado que o percentual de pessoas com as contas do cartão em
dia era superior (43%).
De acordo com dados do Federal Reserve (banco central dos
EUA), no ano passado o endividamento das famílias cresceu
10,4%, o maior ritmo em 16 anos.
Já a dívida do governo federal registrou um aumento de 10,9%, taxa mais elevada desde 92, puxada
pelos custos da guerra.
O setor cuja dívida cresceu menos foi o de empresas, que ainda
amarga o excesso de investimento
da década passada. O débito subiu 3,9% no ano passado.
De uma maneira geral, o endividamento norte-americano, excluindo o setor financeiro, cresceu para US$ 22,4 trilhões ao final
do ano passado, um avanço de
8,1%. O aumento no volume do
endividamento do país é o mais
acentuado desde 1988.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Vôo errático: Dependência externa dos EUA bate recorde Próximo Texto: Setor privado não cria vagas nos EUA Índice
|