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Sem novo pacote chinês, Bolsa de SP recua 2,7%
Commodities caem e afetam ações de Vale, Petrobras e CSN
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A euforia de quarta-feira ficou para trás. Sem o esperado
novo pacote de estímulo econômico na China (leia à pág.
B7), quem sofreu foram as Bolsas, que fecharam no vermelho
nos principais centros financeiros. A Bovespa, que havia subido 5,31% na quarta, terminou
com perdas de 2,69% ontem.
No setor corporativo, a General Motors voltou a perturbar o humor do mercado, após
auditores levantarem dúvidas
em relação à sua sobrevivência
(leia à pág. B9). Em Wall Street,
o Dow Jones perdeu 4,09%. As
ações das GM recuaram 15,5%.
As commodities, que vinham
subindo com a expectativa de
que o governo chinês anunciasse ampliação de pacote anticrise, recuaram ontem e prejudicaram os papéis de companhias
que dependem dos preços das
matérias-primas. Na Bovespa,
ações de empresas como Vale,
CSN e Petrobras terminaram o
pregão em baixa.
Os mercados na Europa refletiram a divulgação do resultado do PIB na região, que teve
retração de 1,5% no último trimestre de 2008. Na Bolsa de
Frankfurt, o pregão foi de queda de 5,02%. Em Londres, a
baixa ficou em 3,18%.
A Bovespa operou no vermelho durante todo o pregão de
ontem e registrou desvalorização de 3,72% no pior momento
do dia. Apesar da melhora no
fim do pregão, a Bolsa não conseguiu evitar o retorno ao vermelho no acumulado do ano.
Aos 37.368 pontos, o índice
Ibovespa está com baixa de
0,48% em 2009.
O apetite dos estrangeiros
por ações brasileiras, que havia
aumentado em fevereiro, já
mudou de rumo neste começo
de mês. Em fevereiro, o saldo
das operações dos estrangeiros
ficou positivo em R$ 544 milhões. Mas, nos primeiros três
dias de março, o balanço está
negativo em R$ 778 milhões.
Entre as empresas ligadas ao
desempenho das commodities,
destaque para as quedas de Usiminas PNA (-6,2%), Gerdau PN
(-6,3%) e CSN ON (-6,3%). A
Usiminas informou a paralisação de um alto-forno, para adequar a produção à demanda.
As ações da Vale, que giraram
23% do total movimentado ontem na Bolsa, caíram 3,88%
(PNA) e 4,49% (ON).
Com o petróleo mais barato,
os papéis da Petrobras não tiveram um dia favorável. O barril
caiu 3,9% em Nova York. As
ações PN da Petrobras recuaram 1,40%; já as ON, 1,26%.
Apesar do dia bastante negativo, o mercado de câmbio brasileiro acabou por não sofrer
oscilações muito expressivas. A
moeda norte-americana teve
alta de 0,51%, para R$ 2,382.
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